O jornal Diagnóstico, do Sindicato dos Médicos do Pará, informa que o oftalmologista Hugo Laércio de Azevedo da Silva foi inocentado pelo Ministério Público Estadual no inquérito administrativo que apurou seu suposto envolvimento em cobrança ilegal de paciente do SUS. O promotor de Justiça de Ananindeua, Ivanilson Corrêa Raiol, reconheceu que o médico havia sido vítima e não culpado no episódio.
Ainda segundo o jornal, o médico através da assessoria jurídica do SINDMEPA vai mover uma ação de indenização, calúnia e difamação contra todos os atores responsáveis pela divulgação da matéria sobre a cobrança ilegal do transplante de córnea.
Perguntamos então: e agora Rede Globo e afiliada? Vai ficar assim mesmo?
E o SINJOR não vai se pronunciar?
2 comentários:
Independentemente da questão jurídica, tem que ser vista a questão humana, de solidariedade, do juramento médico.
Havia uma córnea, havia um necessitado, por que não houve umas poucas horas, ou minutos de um médico - que talvez tenha estudado e ou se formado em escolas públicas, quer dizer com o nosso dinheiro, do povo!
Desculpe anônimo. Mas não entendi direito seu ponto de vista.
Estamos falando de um médico que foi vítima de uma reportagem a nível nacional, acusado de uma atitude que não tomou, segundo agora parece concluir a justiça.
Me faz lembrar a reportagem da escola base de Brasília onde os donos de uma escola tiveram suas vidas destruídas por afirmações precipitadas da grande imprensa. Nem o reconhecimento de erro por parte da última conseguiu trazer de volta a vida normal daquelas pessoas.
Concordo que alguns profissionais de saúde bem como de outras categorias necessitam de doses largas de humanidade.
Mas certamente, não é com linchamentos públicos que conseguiremos isso. Muito ao contrário.
Parece meio sofismático.
A categoria precisa de fato abrir os olhos para um atendimento mais humano. Neste ponto não discordamos.
Mas o exemplo deste linchamento, talvez não seja o melhor dos pontos de partida.
Não basta haver uma córnea, um médico e um paciente para que o transplante se realize. Isto talvez seja uma simplificação.
O médico precisa ter seus honorários garantidos, seja pelo poder público ou privado. E é humano desejar que o mesmo seja justamente remunerado pelo seu trabalho.
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