O mundo do Second Life...
...não me pareceu estimulante.
De camisa branca, o "avatar masculino" dos simples mortais.
Lendo um artigo do Webinsider sobre o Second Life, me senti compelido a testar esta nova mídia, tão falada e com tanto sucesso nos EUA.
São dignas de nota também as notícias que sinalizavam para uma frenética movimentação do grande capital no ambiente virtual do Second Life. Empresas de TI, Bancos, Lojas, etc, todos parecem correr para criar seu espaço no ambiente 3D.
Resolvi então, entrar na onda para sentir afinal de contas, o que existe atrás do Second Life.
Em primeiro lugar, lembro que a idéia de maneira nenhuma é nova. Há mais de 8 anos já existia uma proposta parecida, que ainda funciona que é o Active Worlds.
Nesta época, testei o Active Worlds e não colei nele. O tal mundo virtual em 3D é meio sem graça mesmo.
Teimoso, fiz minha inscrição no Second Life (SL) e baixei o software com a interface gráfica para navegação e interatividade. Trata-se de um grande trambolho de cerca de 31 mbytes!
Escolhi então meu "avatar". Um personagem gráfico que você cria como sua representação virtual no mundo 3D. Na versão gratuita, este personagem possibilita bem mais personalizações do que no Active Worlds (que franqueava ao usuário gratuito algo semelhante a um ET). No Second Life (SL), é possível moldar o corpo humano de maneira bastante variada, ao gosto do usuário. As roupas padrão são decentes e quem desejar ficar algo mais diferente do que a galera de uso gratuito, terá que abrir a carteira. Sim. Você paga pra ficar diferente.
Este é tão somente o início. Se desejar escolher um espaço para morar virtualmente, as despesas aumentam mais ainda. E já existe gente terceirizando os serviços no SL e ganhando muito dinheiro.
Mas, depois de dar uma voltinha pelo mundinho virtual e bater um papinho em inglês com um outro testador, definitivamente não me vi naquele espaço.
Em primeiro lugar, o software do SL exige os tubos de seu PC para uma navegação tranquila no mundo virtual. Placas de vídeo 3D dedicadas são altamente recomendáveis.
Em segundo, você tem a desagradável sensação de que tudo ali, almeja sua carteira.
Em terceiro, as pessoas entram, passam na sua frente e vez por outra, puxam alguma conversa.
E nem sempre, é uma conversa das mais animadoras.
Enfim, após 3 dias de tentar encontrar algum sabor naquilo tudo, hoje tomei a decisão: tô fora!
Já tive minha representação no Orkut, que depois de alguns probleminhas bobos, decidi mandar para o espaço. Já utilizei o Skype em viagem ao exterior, e tive problemas de qualidade de recepção, embora não os tenha tido em ligações locais. Como também é um software meio pesadinho, mandei em frente também.
Continuo contudo, um usuário feliz e frequente do MSN. Satisfaz plenamente minha vida social virtual e não virtual.
É apenas a minha opinião. Pode ser que em outras tribos, o Second Life encontre seu público.
Mas aí vem as perguntas que precisam ser formuladas.
Definitivamente estou ficando velho?
Seria o SL apenas mais um destes hiperfluxos paroxísticos da web (a que se convencionou chamar de "bolha") que costumam deixar alguns ricos e outros muito pobres? Ou mais um motivo para nos grudar na cadeira, longe da convivência do mundo real?
De uma maneira ou de outra, não senti firmeza.
E você? Já experimentou?
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