Governo do Pará ignora decisão judicial
Sem sucesso, a direção da Companhia Vale do Rio Doce passou o dia de hoje tentando convencer o governo do Pará e o Ministério da Justiça a cumprirem a ordem do juiz Francisco de Assis Garcês Castro Júnior, da Justiça Federal de Marabá, que determinou ontem à noite a reintegração de posse da estrada de ferro Carajás, ocupada há dois dias por cerca de cinco mil manifestantes do MST.
A estrada é operada pela Vale do Rio Doce. Por ela passam trens que transportam diariamente 250 mil toneladas de minérios, combustível para abastecer 20 municípios do sudeste do Pará e uma média de 1.300 passageiros. Para desocupá-la, o MST exige o atendimento de 40 reinvindicações - entre elas a revisão da atual política de mineração do país e "o fim do imperialismo".
O juiz deu ao governo do Pará um prazo de cinco dias para liberar a estrada. E mandou que o Ministério da Justiça reforce o dispositivo da Polícia Federal em Marabá que "é sabidamente insuficiente". Esta manhã, reunida com alguns assessores, a governadora Ana Júlia (PT) disse que seu principal objetivo no momento é forçar a Vale a negociar com o MST.
Por ora, o Ministério da Justiça não aumentou o dispositivo da Polícia Federal em Marabá. A direção da Vale informa que espera o cumprimento da ordem judicial. E que não negociará com o MST.
Nenhum comentário:
Postar um comentário