segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Baixos, médios e agudos

Lendo uma reportagem em uma revista especializada em informática, versando sobre placas de áudio para PC e sistemas de alto-falantes 2:1, 4:1, 5:1 e 7:1*, fui confrontado com uma informação intrigante.

A reportagem dizia que quanto à qualidade do áudio, afora alguns aspectos eminentemente técnicos, o consumidor deve escolher seu sistema de áudio ouvindo seu funcionamento no local.
É que, segundo a publicação, existe algo de muito pessoal na escolha de um sistema, quanto a qualidade sonora. Até aí, nada que não seja óbvio. O problema é que a revista afirma que estas preferências variam mesmo, seguindo inclusive, uma espécie de padrão: americanos gostariam de sons com predomínio de graves. Os orientais teriam preferência pelos médios. E os brasileiros pelos agudos.

Observei que quando adquiri meu sistema de som SONY no ano passado, reclamei exatamente da pouca expressão de seus agudos, e da enorme intensidade de seus MÉDIOS e GRAVES. Era obrigado a reduzir o volume do sistema por inteiro, evitando assim que os graves dominassem o ambiente, de forma perturbadora. E não adiantava regular no equalizador: lá estavam os graves dominando tudo. Em outras palavras, acabei trasnformando minha sala de estar numa danceteria.

Ao final, a revista chamava a atenção para que antes de adquirir o sistema de som, fosse levado em conta o espaço reservado para ele na casa. Se for muito pequeno, melhor pensar em caixinhas satélites e um subwoofer de baixa potência. Por outro lado, se for um espaço amplo e disperso, melhor pensar em um som de maior potência. As distorções e discrepâncias sonoras são mais intensas quando não se dimensiona adequadamente o continente e o conteúdo.

Penso também que, dependendo do estilo musical, as regulagens podem variar bastante. O jazz por exemplo, se dá muito bem com um bom grave (aquele baixo acústico parafraseando a melodia é fantástico). Já as clássicas se beneficiam de uma boa expressão de sons médios, com os violinos encorpados. Daí por que alguns sistemas já vem com padrões pré-definidos para cada estilo musical. Muito embora, quase sempre prefira minha própria regulagem, fugindo sempre destes padrões de fábrica.

E você? Qual sua preferência de regulagem das frequências?


* números que dizem respeito ao número de caixas satélites para 1 subwoofer. Exemplo: sistema 7:1 -> 7 caixinhas satélite (1 central, duas frontais, duas laterais e duas traseiras) e 1 subwoofer (responsável exclusivamente pelos sons graves).

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