Agora há pouco, o blog do Noblat noticiou o seguinte:
Ronaldo Cunha Lima poderá ser julgado pelo STF
Algo sem precedente ocorreu há pouco durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo contra o ex-deputado federal do PSDB da Paraíba Ronaldo Cunha Lima, acusado de ter tentado matar com três tiros o ex-governador do seu Estado Tarcísio Briti em 1993, resolveu levar o caso a julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal. Cunha Lima renunciou ao mandato na semana passada para forçar o retorno do processo à Justiça comum.Provocados por Barbosa, os demais ministros do STF começaram, hoje, a discutir se a renúncia anunciada às vésperas do julgamento marcado para ocorrer esta semana de fato produz o efeito de impedi-lo. Barbosa acha que não impede. Mais três ministros deram seus votos favoráveis à posição de Barbosa - Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto e Eros Grau. A ministra Carmen Lúcia pediu vista do processo e prometeu revelar como vota na próxima semana.São 11 os ministros do STF. Se seis deles concordarem que Cunha Lima deve ser julgado, ele será.Barbosa considerou "um escárnio" a atitude de Cunha Lima em renunciar ao mandato para escapar do julgamento pelo STF. Cunha Lima passou os últimos 14 anos usando toda a sorte de expediente para retardar seu julgamento. Como governador na época em que disparou em Buriti e, depois, como senador e deputado, teve direito a foro privilegiado.
Ao renunciar ao mandato, perdeu o foro. Com 71 anos de idade, imagina que seu processo se arrastará na Justiça comum ainda por muitos anos. No que depender de um grupo de ministros do STF, não será assim.
Cunha Lima atirou em Buriti dentro de um restaurante em João Pessoa. Desculpou-se depois alegando que reagira a críticas que Buriti fizera ao seu filho Cássio Cunha Lima - na época, superintendente da Sudene, hoje, governador da Paraíba.Eu só tenho uma coisa a dizer: toma-te!
2 comentários:
Se de fato o Supremo julgá-lo, mesmo com a renúncia ao mandato, estará minimizando a desmoralização a que as instituições estão submetidas pelos políticos. Essa chicana jurídica já era dada como certa. Resta rezar para que outros que se escondem no manto da imunidade parlamentar sejam julgados também.
ACM
Caro ACM,
Essa composição do Supremo, com algumas exceções, está botando pra quebrar. Vamos torcer pra continuar sendo assim.
Abs.
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