segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A conferir

A Veja desta semana apresenta um suposto furo: segundo a revista, já estariam escolhidos os dois novos ministros do Superior Tribunal de Justiça. Os ungidos seriam os desembargadores Sidnei Agostinho Beneti, de São Paulo, e Jorge Muzzi, de Santa Catarina.

Deste modo, de acordo com Veja, o paraense Milton Augusto de Brito Nobre teria sido preterido na disputa.

A pergunta é sincera: sem qualquer alusão ao merecimento de Milton Nobre, qual a vantagem para o Pará ter um ministro no STJ?

5 comentários:

Anônimo disse...

A escolha já foi de fato feita. E Milton Nobre não foi o escolhido.

Francisco Rocha Junior disse...

Obrigado pela confirmação, anônimo. Aguardemos os capítulos seguintes.
Mas, de todo modo, há vantagem para o Judiciário paraense?

Yúdice Andrade disse...

Se isso fizesse os processos serem julgados mais rapidamente, e de acordo com o ordenamento jurídico vigente (sem concessões políticas espúrias), eu defenderia que o STJ e o STF fossem compostos por qualquer espécie de forma de vida. Com efeito, a naturalidade dos ministros atende mais aos interesses pessoais e ao colunismo social do que a qualquer interesse republicano prático.

Unknown disse...

Para a desembargadora Albanira Bemerguy, a vantagem é levar seu colega e antecessor Milton Nobre para bem longe daqui.
( é uma pena que a transcrição da fitas das sessões do Pleno, onde os dois se enfrentaram várias vezes, não venha a público )
Tem gente que acha o contrário, pois ele aumentaria seu poder sobre o Judiciário paroara.
De todo modo, acaba com Milton a era do poder único na Corte estadual.
Agora, fracionado em grupos, ficará mais difícil um poder mais centralizado. Para vcs terem uma idéia, durante uma recente interinidade, o vice presidente do TJ, dr. Rômulo Nunes, chegou a desenhar um remanejamento de cargos na área administrativa do tribunal. Ao retornar, a presidente zerou toda a operação.
Fico com a resposta do Yudice. Serve a interesses pessoais e ao colunismo de velhos amigos, e alguns nem tanto.
E Milton, como previam os mais experientes, jamais subirá ao STJ.

Francisco Rocha Junior disse...

Comentários como sempre certeiros, caro Juvêncio. O problema dos grupos anti-Nobre é a falta de articulação, que o dito tem de sobra.
A subida ao STJ de qualquer desembargador paraense - qualquer um, repito - também me causa a impressão de que nada mudará no cenário local. Esse papo de aumento do prestígio do Judiciário local é "colóquio flácido para adormecer bovino".
Abs.