Bólide Caixa 18. Silkscreen sobre tecido
Afora qualquer simpatia subjetiva pela pessoa em si mesma, este trabalho representou para mim um ‘momento ético’ que se refletiu poderosamente em tudo o que fiz depois: revelou para mim mais um problema ético do que qualquer coisa relacionada com estética. Eu quis aqui homenagear o que penso que seja a revolta individual social: a dos chamados marginais. Tal idéia é muito perigosa mas algo necessário para mim: existe um contraste, um aspecto ambivalente no comportamento do homem marginalizado: ao lado de uma grande sensibilidade está um comportamento violento e muitas vezes, em geral, o crime é uma busca desesperada de felicidade.
Hélio Oiticica (1937-1980), a própósito de explicação sobre a obra acima ilustrada. O retratado é o traficante carioca Cara de Cavalo, morto em confronto com a polícia. A obra representa uma visão romântica e contestatória do tropicalista frente ao modelo desenvolvimentista adotado na ditadura militar.
Hélio Oiticica (1937-1980), a própósito de explicação sobre a obra acima ilustrada. O retratado é o traficante carioca Cara de Cavalo, morto em confronto com a polícia. A obra representa uma visão romântica e contestatória do tropicalista frente ao modelo desenvolvimentista adotado na ditadura militar.
Um comentário:
Grande postagem.
Tenho saudade do tempo em que a gente podia achar romântico ser bandido. A gente só não queria mesmo era ser cana, repressão, polícia.
Até porque havia bandido romântico.
O Meneghetti, por exemplo, embora bem anterior ao Cara de Cavalo,se orgulhava de nunca ter machucado ninguém.
Hoje tenho medo do bandido, da polícia e dos meus vizinhos.
Postar um comentário