Certo dia, uma garota de 15 anos, de péssima índole, como se pode deduzir pelo fato de ter fugido de casa e praticar pequenos delitos (que são o primeiro passo dos grandes), acordou e disse para si mesma: escolhi o meu objetivo de vida! A partir de agora, a minha meta é desmoralizar a polícia e o Poder Judiciário do Estado do Pará. Então jogou a cabeça para trás e soltou uma gargalhada trágica.
Nesse dia, a garota cometeu um furto especificamente para ser detida por policiais que passavam. Levada a uma delegacia, mentiu a própria idade. Alegou ser maior. A delegada ainda se preocupou em isolá-la, mas a meliante foi enfática: disse não ter medo de nada e exigiu ser posta na mesma cela que os homens ali recolhidos.
Uma vez na cela, deu seguimento a seus planos maquiavélicos e começou a se insinuar para os presos. Homens de bem, resistiram o que puderam, mas a dureza da vida no cárcere fez com que fraquejassem. Alguns mantiveram relações sexuais com a vilã desta história.
Perante a juíza, a perversa igualmente mentiu a idade e não pediu socorro. Queria permanecer mais um tempo nas condições em que se encontrava. Pois sabia que um dia seu caso seria conhecido, permitindo-lhe gritar aos quatro ventos que fora repetidas vezes violada na prisão, sendo mulher e sendo menor!
Com isso, agentes públicos irrepreensíveis teriam suas vidas destroçadas. A polícia e o Judiciário cairiam no descrédito.
Os motivos que levaram a jovem em questão a agir dessa forma autodestrutiva e escandalosa são a única coisa que falta para eu concluir o enredo desta trama, que talvez transforme em livro de ficção cachorrística.
Que os leitores do blog me perdoem o deboche sobre assunto tão sério. Mas como reagir à versão do momento sobre o caso de Abaetetuba?
Um comentário:
Caro Yúdice,
Até onde sei, há realmente uma ponta de verdade na questão. Não sobre qualquer participação da menina L. no caso, é óbvio; mas sobre a participação de serventuários de Justiça nos erros (ou seja lá o que for) que levaram ao descalabro da manutenção da prisão.
Sobre a suposição da participação de traficantes da comarca no caso, estas (também até onde sei) decorreriam do fato de que um dos serventuários teria sido investigado pela Polícia Federal por associação a grupos criminosos em Abaetetuba e cercanias.
Evidentemente, o grande problema é a forma como o Judiciário vem conduzindo a questão, que só prejudica a defesa de Clarice.
Suas razões são suficientes para esclarecer sua responsabilidade no caso, posso garantir.
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