domingo, 31 de agosto de 2008

De caminhos e Descaminhos

Lê-se no Repórter 70, edição deste domingo de O Liberal:

Aperto

Não tem acordo: ou a CDP cede a área que vai da Doca à praça Waldemar Henrique, mais os armazéns quatro, cinco, seis e sete, ou o Ministério Público ingressará com ação civil pública pedindo a paralisação das atividades da Companhia. O promotor Benedito Sá, que cuida do caso, concluiu que a operação mensal de sete a nove navios no porto de Belém rende à CDP pouco mais de R$ 12 mil, mas a despesa é estratosférica, o que torna sua permanência na área, digamos, mera teimosia

Saída

Ao ceder a área, a CDP ficaria com a rua Rui Barata inteira para construir um retroporto - de apoio às operações de guindaste -, e instalar os armazéns que seriam removidos do cais. No espaço cedido, o MP propõe uma extensão da Pedro Álvares Cabral até a Presidente Vargas, construção de um conjunto residencial e uma creche para atender comerciárias. No lugar dos armazéns, o poder público poderia criar mais uma espaço cultural, ampliando a oferta de lazer criada com a Estação das Docas.

Trata-se de iniciativa louvável do MP, que atende não só a comezinha lógica empresarial, mas a evidente necessidade da cidade reordenar seus espaços e vias públicas. Entretanto, o perigo mora no parágrafo não escrito, ou ainda por escrever. A incerteza se corporifica, quando pensamos em sobre qual eleito recairá a execução da saída proposta. A depender de quem for, poderá representar um verdadeiro beco sem saída.

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