Morreu ontem, por volta da meia-noite, o escritor russo Aleksandr Solzhenitsyn, aos 89 anos, dissidente do regime comunista que ganhou, em 1970, o prêmio Nobel de literatura.
O romance mais conhecido de Solzhenitsyn é "Arquipélago Gulag", um relato dos 8 anos que o autor passou confinado em um campo de trabalhos forçados destinado aos inimigos do governo de Stálin. De Solzhenitsyn, porém, o que me traz à lembrança é um romance anterior, "O Primeiro Círculo", que curiosamente relata um período de sua vida posterior ao de "Arquipélago".
Meu pai tinha em casa um exemplar do livro, das edições Classiques Penguin, que ele me passou na adolescência, quando eu já entenderia o que a obra descrevia. Lembro de ter achado o texto de Solzhenitsyn meio complicado e algo confuso. Pude perceber, no entanto, que a contribuição do escritor russo para desvendar as atrocidades que aconteciam em seu país eram muito mais importantes que seu estilo literário.
Vida longa à obra de Aleksandr Solzhenitsyn.
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