A indústria paralisará suas atividades durante seis meses, segundo estimativa da direção da RDME. Ainda não há, até hoje, porém, avaliação da DRIRE – Diretoria Regional da Indústria, da Pesquisa e do Meio-Ambiente, órgão ambiental francês, sobre o impacto que o acidente terá no meio-ambiente da região.
Conhecendo-se o grau de exigência que os governos dos países de primeiro mundo têm com seu meio-ambiente, o prejuízo da Vale poderá ser muito maior que o de simplesmente pagar uma multa pelo dano ambiental. A se somar este fato com as garantias sociais que os trabalhadores têm na França, tem-se a perspectiva de uma bela fatura – a imprensa francesa já se pergunta como ficará a situação dos 120 empregados da fábrica, em caso de paralisação de atividades.
A Vale, portanto, repete na Europa falhas que acontecem costumeiramente em suas atividades no Brasil, em especial no Pará. O levantamento do número de ações trabalhistas e ambientais em curso pelos órgãos judiciários paraenses que têm a Vale ou alguma de suas subsidiárias como rés pode dar uma boa idéia desta realidade. A diferença está no tratamento que as autoridades de cada país dispensam à gigante brasileira. Acompanhemos o desenrolar da história, no outro lado do Atlântico.
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