Cresce na blogosfera e na imprensa comum o número de referências ao deputado estadual supostamente envolvido até a raiz dos cabelos em exploração sexual de menores. Para piorar a situação do incauto, a Assembléia Legislativa está em vias de instalar - hoje, por sinal - uma comissão parlamentar de inquérito para investigar, justamente, a pedofilia, a partir de antigas mas até aqui menosprezadas denúncias feitas por Dom José Luiz Azcona, da Prelazia do Marajó. Antes mesmo da instalação da CPI, as frases de efeito já começam a se erguer entre os prováveis responsáveis por conduzir os trabalhos.
Muito desagradável a situação dos parlamentares paraenses. Afinal, sem que um nome seja apontado, acabam ficando todos, de certa forma, sob suspeição. Agora veja: a AL tem 41 membros. Desses, 7 são mulheres e, que eu saiba, o acusado é homem. Restam 34. Contudo, há rumores de que o tal pedófilo não seria novato e já teria sido reeleito mais de uma vez para o cargo. Se excluirmos todos os parlamentares que estão no primeiro ou no segundo mandato, a lista fica pequena.
Ontem, juntamente com dois amigos, fiz uma consulta à lista de deputados do sítio da AL e, consoante os parâmetros acima, chegamos a alguns candidatos. De pilhéria, fizemos uma votação entre nós e veja só: todos votamos na mesma pessoa. Se a nossa análise anti-científica está certa ou não, parece que logo saberemos. Pois a qualquer momento um pedido oficial de investigação deve ser protocolado.
Surge, assim, uma segunda e mais importante questão: caso se confirme que houve mesmo o crime, o parlamentar sofrerá a merecida punição? As apostas na impunidade já começaram. Se quiser uma análise deste assunto sob a ótica do Direito Penal, leia em meu outro blog clicando aqui.
Um comentário:
Yúdice, como sou um "outsider" nos assuntos do legislativo, eu posso ter direito a uma ou duas dicas?
Um abraço.
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