sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Tragédia II - Violência e insegurança sem fim


Salvador Nahmias. Imagem: Eunice Pinto (Diário do Pará)

Há pouco mais de 4 meses, na Campina onde moro, assisti da porta de minha casa, uma tentativa de sequestro relâmpago de minha esposa. De trás da porta - que tentava desesperadamente abrir liberando uma sequência de 3 fechaduras - pude ver que dois molecotes tentavam puxá-la de volta para dentro do carro. Abortei o crime no grito e graças a Deus, os 2 moleques iniciaram fuga levando a bolsa de minha esposa. Foram caçados por uma turba que saiu em seu encalço. Pouco depois, um deles seria atropelado por um ônibus, deixando cair a bolsa, que foi devolvida gentilmente por populares. Neste caso, não houve nenhuma perda: nem material, nem de vida humana.
Há 5 meses, minha cunhada não teve a mesma sorte e foi abordada por 2 motociclistas na saída do banco (em pleno bairro do Jurunas, próximo a casa dos pais da governadora) que, de arma em punho, obrigaram-na a entregar 1000 reais para o pagamento de suas necessidades. Por sorte, apesar do prejuízo material, ela saiu ilesa.
Duas entre inúmeras, incontáveis e cada vez mais acintosas histórias de crimes cometidos por molecotes. O modus operandi que todos já estão cansados de saber.
E assim caminha a escalada de violência sem fim nesta cidade. Esta cidade que um dia já se chamou Belém, onde outrora as pessoas botavam as cadeiras da sala na calçada para apreciar o entardecer.
Enquanto isso, continuo fazendo o trajeto diário que faço de casa para os hospitais e de lá para casa. Nada mais.
Sair à noite? Pago o que for necessário para não fazê-lo. Tento manter toda a diversão do fim-de-semana restrita aos domínios de meu lar.
Seguro? Estou bem longe de acomodar-me com esta tese, quase anedotal. Mas ao menos, estou em minha casa. Se tiver que morrer, morro ao lado dos meus, defendendo-os até o fim. Não numa vala imunda e fria. Jamais na via pública. Sozinho. Sem uma mão amiga, de cheiro familiar, a ouvir minhas últimas palavras, meus agradecimentos, minhas desculpas, minha alegria ou minha dor.
Coisa que o médico Salvador Nahmias, e muitos outros, nos mais diferentes níveis da sociedade não mereceram. E nós cidadãos, pagadores de impostos onerosos e muitas vezes indecentes, continuamos sem ver o fim. Estamos todos sucumbindo. Um a um, nas mãos de meliantes de pouca idade, que mal sabem manusear uma arma. Pena que elas sejam sempre tão certeiras. E ainda somos obrigados a ler imundas propagandas oficiais mostrando esforços de fachada, se não, absolutamente inúteis.
E continuo a fazer o trajeto diário de casa para o trabalho, sem ver um único policial sequer na rua. Um único sequer. Um cadete, um guardinha, um soldado ou algo que o valha. Uma viatura aqui, outra lá, eventualmente e só!
É a parte que me cabe neste universo de imundície, desídia, desgovernos sucessivos e caos que se transformou Belém.
E dê-me por satisfeito!

9 comentários:

Anônimo disse...

Caro Dr. Carlos: Brasília também não está muito atrás dessa sandice, apesar de ser a capital do nosso País!
O Val, logo que aqui chegou foi assaltado com direito ser jogado ao chão e ter uma arma apontada para ele e eu, há coisa de 6 meses atrás, por um menino que deveria ter por volta de 10 anos, literalmente drogado.
Todos os dias, os noticiários aqui estão repletos das mais escabrosas violências.
Pede pra sair...!!!
Lucia Helena Pinheiro

Val-André Mutran  disse...

Não, não...!
Estou escandalizado.
Se isso não for o fim do poço da desídia dos representantes constituídos de minha cidade-adotiva (formei-me em Belém, oriundo de Marabá com quatro anos de idade).
Isso é o que?
O contra-golpe publicitário para atrair eleitores incautos?
Carona de olho nas urnas da célebre e não menos patética frase: "uma mera sensação de insegurança?
Acabou...é o fim.
Pedir pra sair não seria mais decente?
Heim!?
Pede pra sair...!

Scylla Lage Neto disse...

Hoje um paciente me relatou que, nos últimos 10 anos, foi assaltado 8 (oito) vezes, todas sob a mira de armas-de-fogo.
Hoje minha empregada me contou como foi assaltada às 16:30h, junto ao Edifício Manoel Pinto da Silva. Sob um revólver.
Hoje morre, assassinado por um tiro, Salvador Nahmias.
Só falta o governo declarar que os culpados são os chineses. Que inventaram a pólvora.
Fico triste.
Por todos nós.

Anônimo disse...

Eu hoje não sei mais o que dizer um dia há dois anos perdi o meu amigo Paulo Barroso, médico e professor, pensei vai melhorar, perdemos o Paulo Cavallero de Macedo, ai pensei agora vai ser melhor, perdemos um odontologo que saia do Higashi, agora perdemos o Salvador, fora os assaltos que outros colegas sofreram, vou dizer o que se quem poderia fazer algo some cadê o Prefeito? cadê a governadora? cade o pessoal dos Direitos Humanos? cadê a anistia Internacional? será que esses familiares receberão algum tipo de indenização como receberam os foram submetidos a tortura, porque todos esses sitados perderam a vida. Justiça!!!! Ney Figueira

Anônimo disse...

Esperar pela justiça estadual do Pará é morrer de novo.
Existem milhares de processos que não foram julgados, tanto que o Conselho Nacional de Justiça estará em Belém de 16 a 19 de dezembro, fazendo inspeção no tribunal de justiça, vejam o que saiu no site do CNJ:

Audiência pública do CNJ receberá queixas contra a Justiça do Pará na próxima quarta-feira
Sexta, 12 de Dezembro de 2008

Os serviços judiciais prestados pelo Tribunal de Justiça do Pará estarão em pauta na próxima quarta-feira (17/12), quando a Corregedoria Nacional de Justiça promove uma audiência pública em Belém, a partir das 13h30. Representantes de instituições como Ministério Público, OAB, Defensoria Pública, Incra, Funai, comissão pastoral da Terra, sindicatos, associações e cidadãos poderão se manifestar no auditório do Fórum Cível de Belém, bairro Cidade Velha. A reunião será aberta pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, e faz parte de uma inspeção da Corregedoria no Judiciário do Pará que começa terça-feira (16/12) e vai até sexta-feira (19/12), motivada por reclamações apresentadas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) relacionadas à morosidade processual e demais irregularidades administrativas.

As estatísticas do CNJ revelam que há 10.858 processos concluídos há mais de 100 dias à espera de sentença no Tribunal de Justiça do Pará. Os números são do sistema Justiça Aberta, coordenado pela Corregedoria, que coleta dados da movimentação processual nas varas de todo o país. De acordo com o juiz auxiliar da Corregedoria, Ricardo Chimenti, um dos coordenadores dos trabalhos no Pará, adiantou que um dos itens a serem investigados na inspeção é o caso da menor mantida presa numa cela com homens na comarca de Abaetetuba. "O objetivo do CNJ é aprimorar os serviços do Judiciário e apoiar o Tribunal na busca de soluções", assegurou o magistrado.

Serão avaliados os serviços da Justiça estadual do Pará de primeira e segunda instância e a Justiça Militar, como objeto da inspeção. Na audiência pública, porém, serão aceitas também eventuais sugestões ou reclamações sobre a Justiça Federal comum ou especializada.

Neste ano, o Conselho Nacional de Justiça promoveu inspeções, com respectivas audiências públicas, nos tribunais de Justiça da Bahia e do Maranhão, e no Tribunal Militar do Rio Grande do Sul, por meio da Corregedoria Nacional de Justiça. Em outubro deste ano, a inspeção feita no Tribunal de Justiça da Bahia resultou num relatório de 40 itens divulgado no dia 4 de novembro. No Rio Grande do Sul, os trabalhos realizados na semana passada e as conclusões serão apresentadas no final de janeiro próximo.

Inscrições - No Pará, as pessoas e instituições interessadas em se manifestar na audiência pública deverão se inscrever a partir das 13h no 3º andar do Fórum Cível de Belém, auditório Agnano de Moura Monteiro Lopes, localizado na rua Coronel Fontoura, sem número, Praça Felipe Patroni, Bairro Cidade Velha. Será necessária a identificação com a apresentação de documentos de identidade e indicação de endereço. Pelas regras do edital que instituiu a reunião, as manifestações serão orais, com duração de cinco minutos para cada orador. Também poderão ser encaminhados documentos por pessoas devidamente identificadas.

Sob o comando do corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, a audiência e a inspeção serão realizadas com o apoio do secretário-geral do CNJ, juiz Alvaro Ciarlini e dos juízes auxiliares Ricardo Chimenti, Salise Sanchotene, José Paulo Baltazar e Erivaldo Ribeiro dos Santos, além de funcionários da Corregedoria e de áreas administrativas e de informática.

Agência CNJ de Notícias

Edital de Inspeção

Justiça Estadual de 1ª e de 2ª Instância do Pará

O Ministro-Corregedor Nacional de Justiça, no uso de suas atribuições,
Considerando que há expressivo número de expedientes administrativos junto ao Conselho Nacional de Justiça envolvendo o Poder Judiciário do Estado do Pará;
Considerando que as estatísticas do Sistema Justiça Aberta relativas ao mês de setembro de 2008 indicam a existência de 10.858 processos conclusos aguardando ato judicial diverso de sentença há mais de cem dias (anexo 1);
Considerando que as mesmas estatísticas indicam que em setembro de 2008 havia 3.139 processos conclusos aguardando a prolação de sentença há mais de 100 dias ( anexo 2);
Considerando que a grande extensão territorial do Estado do Pará recomenda a abertura de novos meios de comunicação, a exemplo das audiências públicas, para que eventuais carências e também as boas práticas adotadas sejam melhor conhecidas;
Considerando que somente a verificação in loco permitirá uma avaliação consistente sobre o funcionamento dos serviços judiciários prestados pela Justiça Comum Estadual do Pará, a fim de que sejam tomadas as medidas necessárias para aumentar a eficiência do serviço judiciário ( art. 103-B, § 4º, II, da CF);
Considerando o disposto no artigo 31, III, do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, e também os artigos 45 a 62 do Regulamento Geral da Corregedoria Nacional de Justiça;

RESOLVE:

1. Instaurar inspeção junto à Justiça Comum Estadual de Primeira e de Segunda instância do Estado do Pará, incluída a Justiça Militar. A inspeção não abrangerá a justiça federal comum ou especializada, mas serão colhidas eventuais sugestões ou reclamações relativas às suas respectivas atribuições;
2. Designar o dia 17 de dezembro de 2008, às 13:30 horas, para o início da inspeção, ocasião em que será realizada audiência pública com a finalidade de se colher sugestões, notícias, reclamações ou observações capazes de contribuir o aprimoramento do serviço forense naquela jurisdição. A instalação formal dos trabalhos se dará junto à E. Presidência do Tribunal de Justiça do Pará, sem prejuízo da inspeção em Varas, serventias judiciais, cartórios extrajudiciais e unidades prisionais de Belém, Marabá, Santarém, Altamira e outras unidades judiciárias e administrativas do Estado, a partir de 16/12/2008;
2.1 A audiência pública será realizada no 3º andar do Fórum Cível de Belém - Auditório Agnano de Moura Monteiro Lopes, localizado na rua Coronel Fontoura, sem número, Pça Felipe Patroni, Bairro Cidade Velha.
3. Esclarecer que durante a inspeção os trabalhos forenses não serão suspensos e deverão prosseguir regularmente;
4. Informar que participarão dos trabalhos, além deste Corregedor Nacional, os Juízes auxiliares da Corregedoria Nacional de Justiça, Drs. José Paulo Baltazar Júnior, Ricardo Cunha Chimenti, Salise Monteiro Sanchotene, e os juízes da Secretaria Geral do E. Conselho Nacional de Justiça e cedidos pela E. Presidência para auxiliarem nos trabalhos correcionais, Drs. Álvaro Ciarlini e Erivaldo Ribeiro dos Santos, aos quais, sem prejuízo dos poderes conferidos ao Ministro-Corregedor, delega a realização dos trabalhos de inspeção e dos atos necessários ao bom desenvolvimento dos trabalhos;
5. Designar os servidores Lorena Caroline Lyra de Oliveira, Izabela Padilha Santos, Kellen Patrícia Rodrigues Mateus, Tatiana Ramalho de Rezende Valéria Alencar Machado da Silva, Giscard Stephanou Silva, Francisco Marcos Motta Budal, Ângela Mercê Teixeira Neves, Humberto José Nunes e Renata Lícia Gonçalves de Santana Alves para auxiliarem nos trabalhos;
6. Designar a servidora Lorena Caroline Lyra de Oliveira como secretária responsável pelas anotações e guarda dos documentos, arquivos eletrônicos e informações destinadas à consolidação dos trabalhos;
7. Determinar que seja oficiado à Sra. Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Pará, à Sra. Corregedora da Região Metropolitana, ao Sr. Corregedor das Comarcas do Interior do Estado e ao Sr. Ouvidor judicial, convidando-lhes para a inspeção e solicitando-lhes que:

7.1 Providenciem a publicação da Portaria da Inspeção junto à entrada principal dos prédios da capital e do interior dos fóruns, dos juizados especiais e do Tribunal de Justiça do Estado do Estado, a partir de 09 de dezembro de 2008;
7.2 Providenciem a publicação da Portaria da Inspeção junto ao Diário Oficial de Justiça do Estado e ao Site do Tribunal de Justiça, a partir de 09 de dezembro de 2008;
8. Determinar que, por meio da Secretaria da Corregedoria Nacional de Justiça, seja oficiado, para que possam fazer uso da palavra, se o desejarem, ao chefe do Ministério Público no Estado, à Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Pará, à Secretaria da Justiça do Pará, ao chefe da Defensoria Pública no Estado, ao Procurador Geral do Estado, ao Procurador Geral do Município de Belém, ao Presidente Nacional da Associação dos Magistrados Brasileiros, ao Presidente da Associação dos Magistrados do Pará, ao Presidente da Associação do Ministério Público do Estado, ao Presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado, ao Presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário e dos Oficiais de Justiça do Estado, ao Sr. Ouvidor Geral da Ouvidoria Agrária Nacional, ao responsável pelo Instituto Nacional de Colonização e reforma Agrária ( INCRA ) no Pará, ao responsável pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) no Pará e ao dirigente da Comissão Pastoral da Terra no Estado. Outras entidades e também pessoas físicas poderão se manifestar na audiência pública, desde que previamente inscritas no local a partir das 13:00 horas do dia da audiência pública;
9. Observar que a manifestação na audiência pública deve ser precedida de inscrição, com identificação do interessado por meio de apresentação de documento de identidade e indicação de endereço. As manifestações serão orais, por cinco minutos prorrogáveis a critério do Ministro-Corregedor, e seguirão a ordem de inscrição;
10. Esclarecer que durante a audiência pública serão colhidas manifestações escritas de público em geral, desde que o reclamante esteja devidamente identificado. Se necessário serão reduzidas a termo eventuais reclamações ofertadas oralmente por pessoas devidamente identificadas.
11. Determinar a autuação deste expediente como Inspeção, bem como a sua publicação no Diário Oficial da União e no site do Conselho Nacional de Justiça, por três dias.

Brasília, 11 de dezembro de 2008.

Ministro Gilson Dipp
Corregedor Nacional de Justiça

Unknown disse...

Carlos,
Meus pais conheciam os dois gêmeos, Salvador e Leon, da época do Magalhães Barata. Se não me engano, os dois estavam na festa dos ex-alunos na sexta-feira da semana passada. Meus pais também estavam.
Conheço o Leon, pois ele voltou aos Correios como engenheiro depois de passar uns anos cedidos para o MiniCom. Eu era engenheiro na ECT nessa época e tinha uma excelente relação com ele, inclusive lhe apresentando o Linux num live CD pequenino de 200MB com o Kurumin Linux. Mantive a amizade mesmo quando ele virou Diretor Regional da ECT e até quando eu saí da empresa em 2005 e mesmo agora que ele é Diretor Técnico lá na sede em Brasília.
O que dizer numa hora dessas?
Minhas mais sinceras condolências à família.
Além disso, fica a incômoda sensação de que a situação de insegurança só tende a aumentar e se agravar.
Peço à Deus que eu esteja errado!

Anônimo disse...

SOBRE A MORTE DO DR.SALVADOR NAHMIAS

REPASSANDO,
CONCORDO COM MEU AMIGO MAURO GUIMARÃES E FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DELE.
ABRAÇOS
AUGUSTO POMBO

Porra não ta dando mais para aguentar, será que não aparece ninguem neste Estado para dar um jeito nesses bandidos?
Até quando vamos ter que andar com medo? Com vidros fechados/ com grades nas portas e janelas das casas?
Mais um assassinato na rua e nada de novo acontece.
Desta vez um médico pra lá de conceituado.
ATÉ QUANDO GOVERNADORA E SECRETÁRIO ?ATÉ QUANDO?????????????
PORRA É REVOLTANTE!!!!
Vamos começar um movimento por aqui, alguem tem que começar a fazer alguma coisa.



Sds
Mauro Guimarães
Corretor de Imóveis
91 91121672 91 32122934

Frederico Guerreiro disse...

Hoje meu filho mais velho (20) entrou para o clube: foi assaltado pela primeira vez na vida (à mão armada), bem pertinho de casa. Mas só perdeu celular (dois dias de uso) e dinheiro. Minha esposa também já foi assaltada, duas vezes. Minha mãe bem umas dez, coitada.
Na minha família, sou um dos poucos que ainda estão incólumes dessa desgraça arbuna. Eu e minha filha (15).
Até quando? Só espero que quando chegar a minha vez eu não acabe como o Lauande. Mas vou tentar bater o recorde como o cidadão mais velho que nunca foi assaltado. Do jeito que a coisa vai, ficarei famoso.
A cidade padece nas mãos de tantos vagabundos. Tem ladrão demais, minha gente. E polícia de menos.
Aqui na Marambaia, se ladrão usasse sininho no pescoço, ninguém dormia à noite.
Está demais.

Frederico Guerreiro disse...

Correção: desgraça "urbana".