Terça-feira, após a marcha de abertura do Fórum Social Mundial, fui ao bar do Salomão, na Praça do Carmo, centro histórico de Belém, encontrar uns amigos. Lá chegando, fiquei surpreso com a segurança reinante: uma viatura com três PM estava parada em frente à Igreja do Carmo e várias outras passavam, de 15 em 15 minutos, pelo local. A Força Nacional deu o ar da graça. O Poeta, tradicional pedinte das redondezas, sequer apareceu.
A cidade toda, em seus bairros centrais, estava policiada: até no Reduto e no Comércio, completamente ermos à noite, havia destacamentos policiais em alerta. Nos bairros periféricos, rondas ostensivas e mais PMs nas ruas.
Ontem, no entanto, o duro golpe: uma quadrilha de 8 pessoas, 2 delas mulheres, invadiu o Instituto de Polícia Científica de Castanhal e levou mais de 100 armas (algumas de grossíssimo calibre) que estavam guardadas no local. Uma completa vergonha - mais uma - para a Secretaria de Segurança Pública, à qual o IPC é vinculado.
Se não consegue resguardar a integridade de seus próprios prédios, como a Administração poderá cuidar dos cidadãos paraenses?
O fato, em suma, é a comprovação fatídica de que quantidade não representa necessariamente qualidade. Nem em segurança pública.
5 comentários:
É difícil explicar, mais ainda compreender, como deixaram o paiol sem segurança. Talvez tenha sido uma, digamos, excessiva sensação de segurança.
Ou uma excessiva sensação de autoconfiança, amigo...
o liberal e diário noticiaram isso?
O IML invadido foi o de Castanhal, mas nem por isso deixa de ser menos importante.
Das 13:38, eu li a notícia no O Liberal. Está na capa do sangrento caderno "Polícia" de 29/01.
Das 14:21, tens razão. Já corrigi a postagem. Obrigado por sua atenção.
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