sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Desktop grávido

Um amigo de longa data, quase membro da família, acaba de contar ao poster uma história pra lá de escabrosa. Ele acaba de adquirir um novíssimo desktop em uma afamadíssima loja de informática da cidade. Satisfeito com a nova aquisição, levou a suada tranqueira toda para casa, fez as conexões elementares, ligou na rede elétrica e assistiu o que deveria ser a primeira inicialização da máquina. Até aí tudo parecia correr normalmente.
Foi quando ele resolveu abrir o Windows Explorer para vasculhar seu novíssimo HD de muitos gigabytes da capacidade. Para sua surpesa, as pastas Meus Documentos, Minhas Imagens, Meus Pirulitos, Minhas Babaquices e etc e tal (aquelas coisas de Windows, sabem), não estavam exatamente vazias.
Em Meus Documentos haviam de fato alguns documentos completamente estranhos, tipicamente produzidos no Microsoft Word. E em Minhas Imagens, pasmem, haviam fotos! Fotos estranhas, de pessoas estranhas.
Que tal?
Será que é exatamente isso que devemos esperar de uma máquina absolutamente nova, intocada, inviolada, nunca utilizada?
Será que isso é aceitável?
Pois eu acho que não. Surpreso com a história, aconselhei meu velho amigo a voltar de imediato na afamada loja de informática de Belém e exigir exatamente aquilo que tem direito. Acompanhado de um solene pedido de desculpas.
Para dizer o mínimo...

É óbvio que esta "pisadinha de bola", não deve servir para destruir a boa fama do estabelecimento. Ou para justificar uma hecatombe de ataques em sua direção.
Claro que não. Afinal, posso até mesmo depor a favor das boas práticas da afamada loja, ao longo de anos. Eles trocam tudo, consertam tudo, avaliam tudo, de maneira que o cliente saia de fato satisfeito com seu investimento. Não acredito em nenhuma hipótese de má fé. Prefiro acreditar em descuido de algum funcionário, durante a montagem do desktop.
Mas não podemos deixar de alertar aos consumidores para estarem sempre atentos aos produtos que compram. Em qualquer loja de informática, diga-se.
Em se tratando de discos rígidos, eles possuem um tempo de vida útil definido. Há que se levar em conta que todo este tempo, deve ser de único uso do consumidor final. Especialmente em se tratando de produto novo. Não é admissível, portanto, que você se sinta satisfeito com um HD com escancaradas marcas de uso. Ele tem que sair novinho da loja. Nunca utilizado.
Deve ser assim.
E a afamada loja de informática?
Ora, por favor!

3 comentários:

Itajaí disse...

Sem chance, meu caro. Nem que fosse o último equipamento, aquele da exposição. Comigo era PROCON na hora e nunca mais voltava lá pra comprar nem CD-ROM. Onde já se viu?

Scylla Lage Neto disse...

Eu imagino que a incidência de falcatruas, trocas, vendas de produtos oriundos de roubo, e coisas assim não seja tão baixa, mesmo em lojas renomadas e ditas seguras.
Nem todos os consumidores podem realmente avaliar o que há por debaixo de um case novinho em folha.
Como no tempo do videocassete "na caixa"...
Abs.

Val-André Mutran  disse...

Estou com o Itajaí e o Código do Consumidor dá duas opções para o cliente claramente lesado:
1- Dim-dim de volta com correção da data da compra.
2- Outro produto idêntico a ser deslacrado e testado na frente do cliente.
Uma dessas alternativas deverá atender perfeitamente o cliente.
Enquanto que a moral da loja...precisa dizer como fica?