quarta-feira, 15 de julho de 2009

A dúvida que me ficará

Sem fazer nenhum juízo de valor sobre as muitas pessoas que estão publicando sua saudade de nosso amigo Juvêncio de Arruda, pessoalmente decidi não prosseguir lamentando. Afinal, tenho uma inclinação natural à tristeza e sei que é melhor para mim contingenciá-la. Demais disso, duvido que Juca aprovasse tal clima de consternação, quando ele mesmo era tão alegre e nos animava sempre.
Escrevo, então, sobre uma questão secundária. Como todos sabemos, Juca consagrou a alcunha "Nova Délhi" para a nossa cidade. Como bem definiu Adelina Braglia, ou Bia (ou "queridona", como ele a chamava), em seu novo blog, dedicado ao amigo, Monólogos de Nova Délhi, "Belém, pelo abandono, pela incivilidade pública, pela destruição sistemática da esperança de cidadania - embora ele lutasse permanentemente por ela - deixou de ser Santa Maria de Belém do Grão Pará".
Sempre me perguntei se, quando finalmente nos livrássemos da tragédia que ora se abate sobre Belém, quando o prefeito desastre enfim se tornar uma página virada, o apelido seria retirado e a cidade voltaria a ser chamada por seu nome real. Havia possibilidades: o novo prefeito poderia ser tão ruim quanto o anterior, perpetuando o apelido. Outra: a situação poderia melhorar, mas com grande demanda de tempo para corrigir o que está caótico. Haveria um apelido intermediário?
Juro que esta dúvida me perturbava. Agora, precisarei superá-la, porque jamais será saciada.
Fico, então, na torcida para que, num futuro próximo, não precisemos mais ver nossa Belém como uma Nova Délhi. A despeito de que, para isso, só disponho de um voto. Um só.

3 comentários:

Fábio Cavalcante disse...

Se o Santa Maria é tão importante, eu proponho: "Santa Maria!!!!!!!!!!!!! de Belém do Grão Pará". rs

blog do bacana-marcelo marques disse...

Olhem o meu blog, pedi para o artista André Fortes uma homenagem ao Juca, tá lá.
abraços

Adelina Braglia disse...

Caríssimo Yúdice.

perdemos uma batalha contra esse desclassificado. A Belém que queremos será, um dia, reconstruída, como uma cidade do pós-guerra. Eu já havia decidido ir embora em fevereiro, assim que o glorioso INSS me aposentar e, reconheço, fica fácil resolver as coias assim.

A nova batalha virá em breve. Logo mais à frente, o seu voto será uma baioneta imprescondível, aliada aos estilingues, às pedradas e a todos os instrumentos que permitirão que Belém lave essa mancha desonrosa da sua história recente.

Quato a mim, fico na dúvida se substituo o Déli por Delhi, já que não tenho como substituir o Dudú...rsrsrs..

Abração.