quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ética e o Senado

E o Conselho de Ética do Senado, que dentre outras coisas acredita-se (?) que ira julgar os atos do ainda presidente José Sarney, na condição de membro e de chefe da Casa, foi ontem finalmente recomposto.

Ganhou também um presidente.

Quem é ele? Paulo Duque, segundo suplente do governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, alçado à condição de senador quando das eleições de 2006.

Quem o indicou? Renan Calheiros, o laranjeiro, parceiro de Sarney, outro homem da República que nada sabe das coisas erradas que acontecem ao seu redor (ou em sua conta bancária, ou em sua declaração de imposto de renda).

Duque era suplente do então suplente Regis Fichtner, que Cabral levou para ser seu Chefe da Casa Civil, quando eleito governador do Rio. Na eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado, Cabral pediu a Fichtner que assumisse a senatoria por três dias, somente para votar em Renan. Após a votação, Fichtner foi reconduzido à Casa Civil fluminense e Duque retomou o mandato brevemente interrompido.

Diz-se ainda que dos 30 funcionários de seu gabinete, Paulo Duque nomeou cerca de meia dúzia. O restante seria todo da esquadra de Cabral.

Antes, nos anos 60, Duque, então deputado na Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara, relatou a CPI da matança de mendigos. O chefe de Polícia Gustavo Borges, no governo Carlos Lacerda, era acusado de mandar matar os moradores de rua e jogar seus corpos no rio da Guarda, resolvendo um problema social sob borduna. Duque inocentou o governador e seu assessor.

As breves notas do currículo do presidente eleito do Conselho de Ética do Senado já fazem com que analistas, internet afora, concluam que ele será a grande atração das próximas sessões do Conselho.

Tristes trópicos, os nossos.

5 comentários:

Anônimo disse...

É espantoso assistir, também, a imobilidade dos estudantes, capitaneados pela "dona" UNE.
Fingindo que não tem nada a ver, a UNE permanece, há muito, cega surda e muda a toda essa sujeira dos podres poderes.
Perderam a capacidade de indignação.
Mas, infelizmente, sabemos que a Une tem muito$ motivo$ para ficar caladinha.
É chapa branca, coadjuvante da pantomima patrocinada por Lula.
Essa é a esquerda dos novos tempos, que coisa hein?!

Carlos Barretto  disse...

Muito embora eu não compartilhe desta opinião de "pantomima do governo Lula", acho pertinente a crítica a esquerda. De fato, ela aparentemente anda muito acomodada.
Poderia ater-se mais ao controle social, que todo governo precisa. Mas nem isso parece motivá-la.

Anônimo disse...

O que eu posso perguntar é o que é ser esquerda? Esquerda de 1964 no Brasil tivemos vários que ficaram inclusive ricos com idenizações que receberam por terem sofrido durante o regime militar e agora com vários no poder deveriam ser responsabilizados por deixarem o povo com falta de saude e segurança morrendo na porta dos hospitais, essa é esquerda que comanda o País agora vejam que vergonha!

Anônimo disse...

O Lula atacava junto com Dirceu, Genoino, e outros o Sarney, depois atacavam o Jader Barbalho depois estavam no mesmo palanque mas o pior é vê-lo abraçado e elogiando o Sen. Collor aquele que ele disse que era irresponsavel e outros predicados e é e$$e o homem da UNE então é Pantomina sim.

Carlos Barretto  disse...

Leia mais e vc saberá o que é ser esquerda.