Ontem, fez-se história no esporte mundial: Roger Federer, o fantástico tenista suíço, tido e havido por muitos como o maior de todos os tempos, superou Pete Sampras e tornou-se o maior ganhador de Grand Slams - os quatro mais importantes torneios anuais do tênis: US Open, Australia Open, Roland Garros e Wimbledon - da história.
Ao chegar à sua 6a vitória em Wimbledon, o tradicionalíssimo torneio londrino disputado desde 1877, Federer somou 15 torneios, sendo 5 US Open, 3 Australia Open, 1 Roland Garros, além dos campeonatos na grama inglesa. Como se não bastasse, Federer, ao ganhar Roland Garros pela primeira vez em maio passado, entrou para o seleto clube dos 6 únicos tenistas que já ganharam todos os torneios de Grand Slam. E ontem, além de conquistar Wimbledon, Roger Federer retornou ao posto de 1o do mundo, que dele havia sido tomado pelo espanhol Rafael Nadal.
A final de ontem, fazendo jus ao posto alcançado por RF, foi épica. O americano Andy Roddick vendeu cara a derrota na final em Londres. Em uma partida de mais de quatro horas de duração, Federer venceu Roddick por 3 a 2, com parciais de 5/7, 7/6 (no tie-break, Roddick chegou a estar vencendo por 6 a 2 e o suíço virou para 8 a 6), 7/5, 3/6 e 16/14 (no último game não há tie-break, vencendo aquele que consegue por dois sets de vantagem sobre o adversário). De quebra, o último foi o game mais longo de todos os tempos, em finais de Wimbledon.
Federer, além do talento extraordinário para um dos esportes mais desgastantes já inventados pelo homem, é um exemplo de caráter e cavalheirismo. Em um mundo cercado de glamour e holofotes, o suíço consegue manter uma fleuma e uma tranquilidade poucas vezes vistas em atletas de alta performance. Um tipo de atleta que o esporte mais popular do planeta, por exemplo, raras vezes consegue produzir.
7 comentários:
Francisco, acabei de postar sobre ele no meu. Dei aulgmas opniões dos motivos que o tornam o melhor tenista de todos os tempos.
Ah, e linkei uns vídeos de feitos impressionantes do Federer.
Ontem o que vimos foi aula de um atleta perfeito.
Francisco, Sampras sempre foi o meu ídolo, mas tenho que me curvar aos números: Federer is simply the best!
Abs.
Lafa, bela lista de motivos. Eu acrescentaria um: contra nervosismo, frieza. Nunca vi um jogador mais cerebral; nem Bjorn Borg era mais gélido.
Scylla, acompanho tênis desde os tempos de Bjorn Borg, John McEnroe, Jimmy Connors, Guillermo Villas e Yannick Noah. Era menino e já ficava vidrado na TV, vendo esses craques. Passei por Mats Wilander, Stefan Edberg, Boris Becker, Andre Agassi, Pete Sampras, dentre muitos outros. Sinceramente? Nunca vi ninguém mais craque que esse suíço. O cara é ralado. Nadal? Muita força: um tipo de jogo que não vai durar muito tempo.
Abraços em ambos.
Exato, Francisco.
Frieza esta que desmorona quando o Federer dá a famosa desabada quando percebe que sua raquetada foi certeira e lhe deu a vitória.
Repara só. É como se o peso do público caisse sobre seus ombros. Mas, ele cai, rapidamente levanta pois sabe que, na rede, existe um adversário lhe esperando.
Scylla, Sampras me motivou a, finalmente, entrar numa quadra de tênis. Minha primeira raquete foi "a dele". E a de perfil tradicional! Depois, comprei a boleada. Era genial, também. Mas, o Federer...
Nadal é isto mesmo Francisco: força. É um grande jogador, sem dúvida. Pode até ser um dos maiores, mas, como diria... seu "modo de jogar" é biônico, exato, bit, 1-0-1-0-0-1, e o tênis é mais, muito mais que isto.
Certeiro, Lafa. Bela observação sobre a "desabada" do Federer, ao final das partidas.
O que mais me impressiona no cara é que ele joga 4 hs e praticamente não sua , jogar tenis pra ele é a coisa mais simples do mundo e quem como eu que tenta passar a bolinha pro outro lado e dentro das linhas , fica extasiado.Temos que lembrar que ele está com 27 anos e nunca teve uma contusão grave dada a esta simplicidade com joga.
Um cracaço.
Abs
Tadeu
Grande verdade, Tadeu. O cara nem sua. Tu viste quantas vezes o Roddick enxugou suor no domingo? E o Federer nem tchuns...
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