terça-feira, 1 de setembro de 2009

Comunicação de Risco

Minha cunhada está acometida de forte gripe. Preocupada, ontem à noite procurou atendimento em um hospital da rede privada em Belém. Teria sido muito bem atendida, não houvesse o médico explicado como é o protocolo em uso na cidade, para tratamento da gripe suína (H1N1).
Segundo ele, a prescrição do tamiflú está reservada aos casos graves, e o uso será devidamente liberado pela secretaria de saúde (não disse qual) da seguinte forma: 1 comprimido, seguido de coleta de exames para confirmação da virose. O outro comprimido viria se, e somente se, os exames confirmassem a suspeita.
Tomara este senhor tenha se expressado mal. Tomara, o que é imperdoável para a profissão que exerce.

5 comentários:

Carlos Barretto  disse...

Fala FRJ.

Não sei exatamente a situação de sua cunhada. Mas o procedimento é este mesmo. Semana que passou, minha irmã que inclusive é deficiente, teve também uma "forte gripe". Na verdade, uma faringite viral. Mesmo assim, preocupado com a febre, liguei para a Vigilância Sanitária (8814 4807), que orientou que observasse por mais 24 h. Se os sintomas persistissem, eles colheriam o exame. Apesar de preocupado, concordei e iniciei tratamento sintomático.
De fato no dia seguinte os sintomas haviam passado e ela está prontamente recuperada.
Portanto, há que se fazer sim alguma triagem. E em meio ao pânico, não haveria Tamiflu que atendesse a demanda, fora a possibilidade de que o uso indiscriminado do medicamento levar a resistência. Quando então, aí sim, nem com Tamiflu e nem sem ele.
Espero que este seja o caso de sua cunhada. Apenas uma gripe forte e que ela logo se recupere.

Abs

Itajaí disse...

FRJ nada, sou eu!
O doutor não se referia ao caso agudo não complicado, mas sim sobre aquele que piora e retorna ao hospital.
No meu ver a informação prestada além de incompleta é errada. Vejamos o que recomenda o Ministério da Saúde:
"Está indicado o uso do Oseltamivir para todas as pessoas que apresentarem a Síndrome Respiratória Aguda Grave: pessoa em qualquer idade que com febre repentina acima de 38º e tosse e dificuldade de respirar (dispnéia) ou com outros sintomas como dores no corpo e nas articulações. Esses são os indivíduos que exigem hospitalização. Também está indicado para os casos de pessoas que apresentem sintomas e façam parte do grupo de risco ou que apresentem fatores de risco para complicação da doença. A mesma recomendação vale para mulheres grávidas".
Não tem essa de toma uma
"píula", faz exame, se positivo continua o tratamento, do contrário suspende. E os falsos negativos, como ficam?
Abs.

Carlos Barretto  disse...

Agora, com a manifestação do Itajaí, entendi o seu ponto, FRJ.
E se foi assim que se portou o médico, ele está mal orientado.
Percebo agora que sua dúvida foi quanto a conduta de dar 1 pílula, deixando as restantes para após o resultado do exame. O que convenhamos, não faz sentido. Ou se avalia adequadamente o caso e enquadra-se em algum grupo de risco, fornecendo o tratamento completo, ou então segue-se caminho oposto. O que parece ter acontecido foi um disparate.

Abs

Carlos Barretto  disse...

Égua, Itajaí.

Sorry.
Fiz uma grande cagada. E vou deixá-la aqui para entrar para os anais do blog.

Rssssss

Itajaí disse...

Estou gargalhando...