Nicholas Rodney Drake matou-se aos 26 anos.
Nasceu em Rangoon.
Seu primeiro instrumento foi o piano (que havia estudado formalmente na infância, como este que vos fala), mas descobriu o violão, e também dominava o clarinete e o saxofone.
Apenas concordo com o seu não reconhecimento, visto que esse genial músico não teve a oportunidade após a sua morte de ver-se posicionar, naturalmente, entre os mais influentes cantores-compositores dos últimos 50 anos.
No Brasil ele passa e passou batido!?
Certamente que não. Ainda mais no Flanar.
Vejam bem. Como na mixagem da introdução que ofereço aos flanantes leitores.
-- Scylla, Nick Cave é celebridade recente perto desse moleque algo doido, meio anjo. Sensacional, enfim.
Mas, voltando ao ND. Em 1969, aos 20 anos, assinou contrato com uma gravadora que lhe deu atenção e lançou seu primeiro álbum, "Five Leaves Left". Em 1970 lançou "Bryter Layter" e em 72, o terceiro álbum, "Pink Moon". Nenhum deles vendeu mais de 5 mil cópias. A sua relutância em se apresentar ao vivo contribuiu para seu pequeno sucesso comercial. Mesmo assim, conseguiu arrebanhar um fiel grupo de seguidores que viria a repercutir a sua música. Uma dessas pessoas foi o seu empresário, John Boyd que incluiu uma cláusula no contrato com a gravadora Island Record que garantia que os discos de Drake jamais sairiam de catálogo.
Drake sofria de depressão e insônia e isto era refletido nas suas composições. Ao terminar as gravações de "Pink Moon" parou de se apresentar se recolheu na casa dos pais onde foi encontrado morto por overdose de anti depressivo, aos 26 anos.
Durante os anos 70 havia um interesse residual na música de Drake até o lançamento da retrospectiva "Fruit Tree", de 1979, que consegui adquirir numa intricada negociação com um americano do Oklahoma.
Esse relançamento reavivou o interesse pelos seus discos. Na década seguinte Drake foi creditado por ter influenciado artistas como Robert Smith, do The Cure e Peter Buck, do REM, além de ser frequentemente citado por Kate Bush, Paul Weller e o pessoal do The Black Crowes.
Em 1968 Elton John chegou a gravar várias músicas de Drake na sessão "Nick Drake & DJ Music Demo Session" e, em 2005, Beck Hansen regravou 3 músicas de Drake, que disponibilizou no seu site: "Pink Moon", "Which Will" e "Parasite".
A primeira biografia de Drake foi escrita por Patrick Humphries e lançada em 1997 e em 1998, o documentário "A Stranger Among Us". Em 2000 a Volkswagen usou sua música Pink Moon no comercial de lançamento de um carro e, em poucos meses, Nick Drake vendeu mais discos do que nos 30 anos anteriores. Veja o comercial no Meu Blues Pra Você. Espero que você se encante como eu com os dois exemplos da música deste artista maravilhoso.
Encontrei o documentário A Stranger Among Us no YouTube dividido em 4 partes e você pode assistí-lo seguindo os links:
Parte 1 - Parte 2 - Parte 3 - Parte 4
Site Oficial de Nick Drake.
Já mixei o outro volume que está em processo de uploud. Será publicado em seguida.
Renato Russo numa série de ddocumentos póstumos, registra a inspiração “arrebatadaora” pelo obscuro Nick Drake.
Eu não acho Drake obscuro. A rapaziada da época é que era muito louca.
Ouçam “Blossom”.
Ouçam tudo.
Talvez os ventos que sopram aos gênios, quem sabe, não nos tornam anjos?
Ao Céu em dose dupla. Avante.
Ouça a 2.a parte no player abaixo.
7 comentários:
Sim, Val, eu ainda pensei no Nick Drake mas arrisquei no Cave.
Thanks a lot for this gift!
Abs.
Confirmo sua precisa aposta Scylla.
Antes do final deste dia, os fãs de Nick Drake refazem os laços do entendimento, enquanto estudo a publicação do Nick Cave and the Bad Seeds.
Coisa finissima!
Val-André "Wikipedia da Música" Mutran, você teria na agulha o "The Folk Singer", do Muddy Waters?
Se sim, me empresta? ;-)
Meu amigo Buddy Guy praticamente estréia neste disco.
Coisa fina Lafa.
Finíssima!
Tenho a discografia dele mestre Lafa.
Estudei várias, muitas partituras desse negão sensacional -e, pouca gente sabe que ele começou a "arrasar" definitivamente quando mudou-se para Chicago.
Te mando pelos Correios, visto que o Círio está longe.
Enquanto isso ouça a molecada do Friendly Fires, que publico daqui a pouquinho.
Ave VAMP!
E eu que só queria o The Folk...! ;)
Vem em peixinhos? ;) ps. O mestre iria rir...
No Círio tem "a volta" (já te falei do meu probrema com os Correios).
Lafayette
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