Muita gente realmente acreditou que, no ano 2000, viveríamos em um mundo superultramegahipertecnológico, com direito a veículos voadores substituindo os automóveis, acessíveis aos cidadãos comuns das grandes cidades. Quando o ano mítico foi se aproximando, ficou claro que as coisas não seriam bem assim. Apesar de que muitas tecnologias que vimos no cinema ou encontramos em livros efetivamente foram criadas, boa parte delas continua num plano de pesquisa tecnológica. Algumas outras são concretas, porém inacessíveis. E outras exigem que você tenha muita, muita grana.
A primeira imagem desta postagem mostra uma animação revolucionária à época, mas hoje primária, apresentando duas motocicletas disputando uma emocionante corrida no filme Tron (de Steven Lisberger, 1982). Havia 18 anos de folga, por isso se pensou que teríamos brinquedinhos desse tipo nas ruas no ano 2000.
27 anos mais tarde, a realidade é muito mais modesta. Eis aí um exemplo de novas tecnologias existentes, porém fora de mercado ou quase isso. Boa parte dos projetos de motocicletas do futuro-hoje ainda se resumem a projetos arrojados de construtores ou mesmo de estudantes, mas fora das linhas de produção por enquanto. Uma exceção é esse artefato aí abaixo, o Carver One, um triciclo (com rodas duplas traseiras, ao passo que o mais comum em projetos do gênero são as rodas duplas dianteiras), desenvolvido pelo projetista holandês Anton van den Brink. A ideia era criar um meio de transporte urbano seguro, econômico e confortável para duas pessoas. Acabou desenvolvendo um veículo estável como um automóvel, mas emocionante como uma motocicleta. Veja, na terceira imagem, como a cabine quase deita no chão. Mas um alívio para os mais assustados: essa é a posição do veículo parado, para manutenção. Quando em uso, um inclinômetro previne o piloto de que não deve exagerar nas curvas.
Segundo a revista Quatro Rodas de setembro último, o magnífico triciclo está à venda na Europa, por módicos 38 mil euros, algo em torno de 100 mil reais. Mas se algum brasileiro quiser brincar disso, acrescendo-se impostos e frete, o impacto financeiro chegará a nada menos do que 240 mil reais, muito mais caro do que muitos utilitários imensos.
Vai encarar um desses?
6 comentários:
Yúdice , boa a previsão do valor nacionalizado (impostos + frete etc) parece até que és da área.
Abs
Tadeu
Tadeu, tu és mesmo um grande amigo!
Os números que apresentei são da Quatro Rodas. Imagina se eu saberia fazer esses cálculos ou se tenho conhecimento de tarifas, preços, alíquotas, etc.!
Mesmo assim, ou por isso mesmo, eu te agradeço a gentileza.
Dureza vai ser quando o feliz proprietário estacionar essa belezura em uma rua de Belém.
E ver se aproximar a terrível figura do famigerado flanelinha, com seu kit: um pano sujo na mão e um olhar de arrepiar.
E aí? é pagar ou pagar a extorsão, né não?
Em tempo: no centro vip, já "implantaram" o "preço mínimo tabelado", que não sai por menos que 3 "reau".
Talvez os flanelinhas cobrem mais caro, apesar do tamanho reduzido, em relação a um automóvel. Dirão que um veículo tão chamativo exige uma atenção especial, motivo da cobrança adicional...
Yúdice, ele tem blindagem anti-manga? A temporada dos parabrisas trincados já começou por aqui.
Abs.
Não sei, Scylla. Fiquei pensando no preço do parabrisa...
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