Agora virão os logradouros públicos com seu nome, as estátuas, os monumentos, os prêmios póstumos, as comendas Verequete, etc., tudo para honrar a memória de um homem que, até dia desses, em sua provecta idade, vivia num casebre em local completamente favelizado, como aliás mostra sem suavizações o documentário "Chama Verequete". É assim que se honram os grandes homens neste país, e particularmente neste Estado, sobretudo quando seu legado está no pantanoso mundo da cultura. Tivesse ele sido um político safado... Vá em paz, mestre! E obrigado por tudo. Inclusive pela paciência.
Não é só neste Estado, Yúdice: isto é uma característica brasileira. Por isso, Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito já reclamavam as "flores em vida":
Sei que amanhã Quando eu morrer Os meus amigos vão dizer Que eu tinha um bom coração Alguns até hão de chorar E querer me homenagear Fazendo de ouro um violão Mas depois que o tempo passar Sei que ninguém vai se lembrar Que eu fui embora Por isso é que eu penso assim Se alguém quiser fazer por mim Que faça agora.
Me dê as flores em vida O carinho, a mão amiga, Para aliviar meus ais. Depois que eu me chamar saudade Não preciso de vaidade Quero preces e nada mais.
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Agora virão os logradouros públicos com seu nome, as estátuas, os monumentos, os prêmios póstumos, as comendas Verequete, etc., tudo para honrar a memória de um homem que, até dia desses, em sua provecta idade, vivia num casebre em local completamente favelizado, como aliás mostra sem suavizações o documentário "Chama Verequete".
É assim que se honram os grandes homens neste país, e particularmente neste Estado, sobretudo quando seu legado está no pantanoso mundo da cultura. Tivesse ele sido um político safado...
Vá em paz, mestre! E obrigado por tudo. Inclusive pela paciência.
Não é só neste Estado, Yúdice: isto é uma característica brasileira.
Por isso, Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito já reclamavam as "flores em vida":
Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.
Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus ais.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais.
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