Quando Mangabeira Unger saiu do governo, alguém criara a expectativa num alto servidor público de que ele se tornaria ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, como fosse possível ainda valerem as regras de direito natural com que os reis legitimavam seus tronos. Traído por uma certeza quase atávica, o jovem viajou na maionese, como se diz na gíria da atitude própria aos que têm pela frente ao menos cem anos de caminhada na estrada em busca do bom-senso.
Segundo dizem, o valete pensou alto para jornalistas e teria dito que acaso o presidente nomeasse para a pasta o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, Lula apenas confirmaria ser um bom presidente. De outro modo, bem diferente seria se fosse ele o nomeado para o cargo de ministro, quando então o presidente demonstraria ser de fato um estadista na história do país.
Claro que o umbigo de vedete de Caetano Veloso aprovaria com louvor esse discurso imaginário, especialmente por que falaria alto pela irmandade do umbilical vedetismo que lhe é caro...
Conclusão da história: O embaixador Samuel Pinheiro foi confirmado para ocupar o cargo vago e o servidor boquirroto afastado da função que ocupava a pedido pessoal. Ao menos foi assim que valeu a história por alguns dias, até quando foi publicada no Diário Oficial da União uma errata com aquela objetividade comum às lousas que guardam matéria passada: onde se lê exonerado a pedido, leia-se exonerado.
Segundo dizem, o valete pensou alto para jornalistas e teria dito que acaso o presidente nomeasse para a pasta o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto, Lula apenas confirmaria ser um bom presidente. De outro modo, bem diferente seria se fosse ele o nomeado para o cargo de ministro, quando então o presidente demonstraria ser de fato um estadista na história do país.
Claro que o umbigo de vedete de Caetano Veloso aprovaria com louvor esse discurso imaginário, especialmente por que falaria alto pela irmandade do umbilical vedetismo que lhe é caro...
Conclusão da história: O embaixador Samuel Pinheiro foi confirmado para ocupar o cargo vago e o servidor boquirroto afastado da função que ocupava a pedido pessoal. Ao menos foi assim que valeu a história por alguns dias, até quando foi publicada no Diário Oficial da União uma errata com aquela objetividade comum às lousas que guardam matéria passada: onde se lê exonerado a pedido, leia-se exonerado.
Um comentário:
"...aos que têm pela frente alguns cem anos de caminhada na estrada do bom-senso."
Como existem desses.
Adorei essa parte!
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