sábado, 5 de dezembro de 2009

Um poema, uma banda e toda uma geração influenciada





Sioxsie & The Banshees Very Special


Vou logo avisando. É som para entendidos

Esses caras representaram um papel muito importante como revelação para o fiel público da extinta boate La Cage. Os Sioxsie & The Banshees é uma das melhores bandas pós-Punk que conheço e foi uma das mais pedidas na melhor e mais sofisticada Casa Noturna que Belém já teve.

Escrevo com esses acordes, mais um capítulo da lendária Casa.

Mas, vamos ao que interessa.

Ao longo de sua produtiva carreira, com formação que se assemelha ao caos; numa época absolutamente maluca. O Sioxsie & The Banshees foi a base de lançamento dos primeiros riffs do então desconhecido Mr. Robert Smith que depois formaria uma de minhas bandas mais queridas: o The Cure; assim como, morada do suicidal tendencies men Sid Vicious, que tocava bateria! E depois foi baixista dos Sex Pistol, mesmo sem saber tocar baixo!!! Hehe.

Altamente dançante. O conjunto da obra dos Sioxsie & The Banshees é essencial em qualquer boa discoteca dos 80´s.

Budgie, o baterista da banda, casado com a vocalista Susan Ballion, cujo nome artístico Siouxsie Sioux, ajudou a firmar a mítica banda, é uma das mais relevantes influências musicais do genial João Barone, baterista do Paralamas do Sucesso, uma das mais influentes bandas da América Latina.

Batismo ― A primeira apresentação com a formação original, foi no Punk Festival, em 20 de setembro de 1976, no 100 Club, em Londres. A banda tocou somente covers como Twist And Shout (dos Beatles), Knockin' On Heaven's Door (do Bob Dylan) e e uma versão de cerca de vinte minutos de The Lord’s Prayer, que agradara somente a um dos assistentes de Malcom McLaren, empresário do Sex Pistols, que se encontrava na platéia. Logo após a apresentação, foram convidados a acompanhar o Sex Pistols como banda de abertura em uma turnê pela Inglaterra.

A formação de então era:
Susan Ballion - Vocal
Steve Havoc - Baixo
Sid Vicious - Bateria
Marco Pirroni – Guitarra.

Meses depois com a saída/expulsão de Glen Mattlock (Baixo - Sex Pistols), preso por porte de uma quantidade “cavalar” de heroína, Sid Vicious foi efetivado nos Sex Pistols. Mais embaixo eu conto.

Marco Pirroni também deixa a banda e passa a tocar em uma série de outros grupos na Inglaterra como a banda de New Romantic, Adam & the Ants, esta última de muito sucesso.

Tenho na prateleira dois dos melhores Lp´s do Adam & the Ants. Posteriormente, apresentarei-os por aqui.

Então, olha só. Susan e Steve passaram a liderar a banda em uma troca incrível de guitarristas que pouco ficaram na banda.

Para substituir Sid Vicious e Marco Pirroni, entram Kenny Morris (baterista) e John McKay (guitarrista), o que deixou a formação estável nos dois primeiros discos da banda até o fim de 1979. É a partir deste momento que Susan Ballion passa a se chamar Siouxsie Sioux, referência a uma tribo indígena Norte-Americana, e Steve Havoc passa a ser chamado de Steve Severin.

Na semana em que a banda procurava um nome, foi exibido na TV o filme Cry of the Banshee, baseado no conto de Edgar Alan Poe, no qual o ator Vincent Price atuava e acharam que The Banshees seria uma ótima idéia para o batismo da banda. Depois pensaram em Susy and the Banshees, e em definitivo, Siouxsie & the Banshees. Banshees são entidades femininas pertecentes à mitologia celtica cuja voz bela e tenebrosa anuncia a proximidade da morte.

Mas, quem é capaz de morrer ouvindo essa maravilha?!

Este especial foi a compilação que mais trabalho deu ao pôster.

Há uma razão. Ela começou após uma troca de e-mail´s reservados com o flanéur Francisco Rocha Jr. Além do que, o impacto dos Lp´s Kaleidoscope, de 80 e Hyaena, de 84, foi fulminante no meu entendimento da moderna música hoje disseminada mundo afora (objeto do meu próximo artigo aqui).

Espero que os leitores curtam tanto como eu curti ao produzi-lo.

Para não comprometer o meu sábadão. Publico, posteriormente, um link com o set list.

Divirtam-se.

Vou jogar tênis e almoçar no clube.

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