Já neste blog do Washington Post, Ruth Marcus faz uma análise bem diferente. Em vez de um Obama insistente em seguir seu proprio rumo, ela vê (positivamente) um presidente que reconheceu os erros ou pontos fracos de seu primeiro ano, e adotou uma postura mais conciliadora. (Leia íntegra do discurso aqui.)
Eu acho que as duas análises são parcialmente verdadeiras. Eu vi um Obama mais humilde e conciliador, insistindo na ideia de um país menos polarizado e dividido, e convocando politicos de ambos partidos para continuar a trabalhar pelo povo. Mas também vi um Obama que (acertadamente) não se desviou muito do rumo politico que sua campanha traçou, insistindo em corrigir os rumos da economia, melhorar a vida da classe media, criar empregos, investir em energia limpa e infra-estrutura, combater o aquecimento global, e mudar a politica externa americana.
Obama enfatizou, por exemplo, que a guerra no Iraque terminará mesmo em junho deste ano, quando ele retirará todas as tropas americanas de combate daquele país. Ele também insistiu que as tropas de combate saem do Afeganistão em 2011. Estas foram promessas de campanha, e ele insistiu que serão cumpridas. Obama também finalmente disse com todas as letras que a politica de impedir gays de servirem nas Forças Armadas acaba este ano.
No mais, ele fez mesmo o que tinha que ser feito: insistiu na recuperação da economia e na geração de empregos, e detalhou medidas para reenergizar a economia. Ao contrário de Bush e até mesmo Clinton, Obama foi bem específico nos detalhes, o que sempre surpreende a muitos.
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