sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Lula e o Homem de Java

Está em curso uma campanha difamatória contra Lula entre taxistas, essa expressão política ao modo homem de java, que ainda arrasta seus porretes nos asfaltos do país. E me parece ter alcance nacional, dada a uniformidade da abordagem dos mesmos causos mentirosos e na raiva indefinível que anima os agressores morais do presidente. Está claro que a internete desempenha um papel central na uniformidade e divulgação dos impropérios. Cansado de ouvir essas inutilidades, um amigo já arrumou até uma formula antiemética para suportar a cantilena taxista: usa de palavras como não diga, veja só, então, pois é, enquanto desocupa os ouvidos e busca distração na paisagem. Diz ele que às vezes chega até a cochilar.

5 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Caro Itajaí, três perguntas: Qual o conteúdo dessa campanha difamatória? Por que entre taxistas, especificamente? Isso ocorre em Brasília ou está mais disseminado?
Caso acontecesse comigo, do jeito que ando ultimamente, talvez eu respondesse de modo mais ríspido, lembrando ao motorista que ele não deve distrair-se enquanto dirige. Se não funcionasse, alertaria que não estou a fim de papo.

Prof. Alan disse...

Itajaí, sigo o relator Yúdice. Mais especificamente: qual o conteúdo da campanha?

Dificilmente apanho táxis aqui em Brasília, e quando o faço geralmente estou com a família, então converso com eles e não tenho oportunidade de ouvir o taxista.

Já no Rio de Janeiro o motorista engata o papo na hora que você põe o primeiro pé dentro do carro...

E em Sampa os taxistas falam pouco, mais preocupados que estão em tirar finas dos outros e desviar dos motoboys...

Itajaí disse...

O conteúdo é aquele sempre aquele relacionado a vida pessoal do homem público a atacar. Do mesmo tipo como aquele, plantado em toda Belém, de que o prefeito Edmilson era dono de uma apartamento no Atalanta, de uma pousada no Marajó e por aí vai.
O modelo é o mesmo. Igual a receita de bolo, que repete-se de olhos fechados.
Os fatos estão relacionados principalmente ao Rio de Janeiro, a Brasília, Minas Gerais e, especialmente, à São Paulo. Nesta cidade, por exemplo, tive a reação que Yúdice avalia que teria, quando um imbecil desses, à época da separação do casal Suplicy, quando Martha era ainda prefeita, resolveu discorrer suas abusivas considerações sobre o assunto, entrelaçando vida privada do casal e vida pública. Outra vítima constante deles é Luisa Erundina, quando também foi prefeita.
Se o comportamento se repete, no mesmo grupo de pessoal, em lugares diferentes, podemos cogitar que não é algo individual e fortuito.
Mas é negativamente interessante esse comportamento do taxista brasileiro. Tenho, por razões de trabalho, pego táxis em cidades estrangeiras. O semblante do motorista varia do sério ao emburrado, e o diálogo limita-se a comunicação do destino e ao custo da corrida. Alguns, quando querem dialogar, perguntam minha origem, falam de algum aspecto positivo da cidade, se mal, no máximo, da intensidade do tráfego.
Sensacional, uma exceção, foi uma senhora de seus 60 anos, motorista de táxi em Cingapura, que me contou a vida dela enquanto me levava do aeroporto para o hotel. Simpaticíssima, a única palavra de preocupação que me transmitiu em relação a cidade foi a falta de espaço com o crescimento populacional. Foi digna e louvável com a cidade dela e com o seu ofício.
Aqui, não: falam mal do país, de presidente, de governador, de prefeito, de aderentes e parentes, dando ao passageiro um quadro negativo da vida brasileira e, principalmente, uma péssima imagem profissional. Sou do tempo em que um "chauffer de praça"- termo pelo qual, em casa, quando criança ouvi chamá-los por primeiro - ao se dizerem profissionais, faziam com indisfarçavel orgulho e educação frente aos seus fregueses, que os chamavam nos pontos nas imediações do Teatro da Paz.

Unknown disse...

Caríssim@s,

Estamos vivemos o que plantamos. Colhemos agora, o que lutamos. Uma geração vencedora. Nosso partido se inscreveu na gênese da democracia brasileira. Somos demasiadamente humanos para cometer erros e acertos. Mas, nosso saldo é positivo. O Governo LULA demonstra que podemos avançar ainda mais. O Governo do Estado, com Ana Júlia, experimenta uma nova possiblidade de construção da luta e da inclusão SOCIAL, com a dificuldade de enfrentar as dimensões e as elites em uma das últimas fronteiras de expansão do Brasil e do Mundo. Há um conjunto de prefeituras que governamos no Brasil e no Pará.
Somos também movimento e, assim, resgatamos a Democracia no Conselho Estadual De Saúde, Democratizamos as conferências e lutamos solidariamente para construir a saúde de nosso povo. Sonho da Bibiana, da Almeirinda Freire, da Elisa Sá, D. Maria do Marco (Vivinha na LUTA) e, tantos outr@s. Pois sabemos que o sonho de nosso partido e dos que lutam também foi construído na diversidade de opiniões e de idéias. Mas, fomos e somos lutador@s.
Com a entrada de Silvia Comarú na Secretaria Estadual do Pará, militante da nossa história e da luta da Saúde estamos trilhando rapidamente novos passos na GESTÃO DA SAÚDE do ESTADO. A avaliação de nosso setorial estava correta, quando dizíamos: a saúde precisa estar sob controle das pessoas de BEM e com compromisso com a LUTA de nosso povo.
Por tudo isso, ESTAMOS CONVIDANDO VOCÊ PARA UM MOMENTO DE REFLEXÃO E FESTA. 30 ANOS DO PT.
NO DIA 28, AS 17:00 HS. NO SINDICATO DOS URBANITÁRIOS COM A NOSSA SECRETÁRIA DE SAÚDE ESTAREMOS FAZENDO UM DEBATE PARA REVIGORAR E APROFUNDAR AS QUESTÕES DE SAÚDE NO NOSSO ESTADO.
NO DIA 30, NO PARÁ CLUBE A TARDE HAVERÁ POSSE DE TODOS OS PRESIDENTES ELEITOS NO ESTADO e do NOSSO DIRETÓRIO REGIONAL. À NOITE FESTA DAS 10 MIL ESTRELAS DO PT NA ALDEIA CABANA, COM A PRESENÇA DE DILMA, ANA JÚLIA, PAULO ROCHA, JOÃO BATISTA, NOSSO PRESIDENTE DO PT ESTADUAL E NOSSAS PRINCIPAIS LIDERANÇAS DO ESTADO.
VOCÊ QUE SEMPRE FEZ A DIFERENÇA, VENHA DEBATER E COMEMORAR. FILIADOS E SIMPATIZANTES SÃO BEM VINDOS.
MOBILIZAR É A PALAVRA DE ORDEM.

POR FIM, PARA AFIRMAR NOSSA LUTA:
Mãos Dadas
Carlos Drummond de Andrade
Composição: Carlos Drummond de Andrade

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

PRESENTE!

PAULO DE TARSO RIBEIRO DE OLIVEIRA
COORD. DO SETORIAL DE SAÚDE DO PT.

Itajaí disse...

Grande Paulo de Tarso!!!
Agradeço o convite. Infelizmente não poderei saudá-los pessoalmente.
Daqui vai o meu abraço a todos (as), como votos de sucesso.
Reitero que há necessidade de um encontro do setorial em nível nacional, que nucleie uma proposta ao modo de como foi feito em 2002. Há temas novos a serem abordados, ha temas quase novos que necessitam melhor enquadramento e há aqueles antigos relacionados a atenção primária, o financiamento e a regulação regional do SUS.
Nem precisa dizer que estamos atrasadíssimos.
Se for difícil, que se use a internete, criando-se um espaço virtual colaborativo para o debate e o fechamento de uma proposta.
Abs.