Sob o título acima, o jornalista Luís Nassif levou à ribalta (© Juvêncio de Arruda) um comentário de Luiz Alberto Vieira, leitor de seu blog, a propósito da grita do Rio de Janeiro sobre os royalties do petróleo:
Nassif,
Para sairmos das platitudes e bairrismos.
O economista carioca Daniel Bregman, avaliou em sua dissertação de mestrado os efeitos dos royalties sobre os IDHs dos municípios.
Ele mostra que existe uma correlação entre royalties e investimentos em educação e saúde (talvez por causa da vinculação de receitas). No entanto, a maioria dos trabalhos sobre o tema não apontou melhora significativa entre os royalties e melhora na qualidade de vida.
Enfim, os royalties não estão se tranformando em melhores condições de vida para as populações.
Quem visitar Macaé, Campos e Paulinia entenderá!!!
Aqui você pode fazer o download da íntegra da dissertação de mestrado do economista Daniel Bregman. Aqui, há também um artigo do economista sobre o assunto.
A opinião do leitor do Nassif vai bem ao encontro do que discutiram nossos comentaristas na caixinha do post do Flanar sobre o tema. Como bem lembrou o leitor Nilson Soares, "é impressionante, esse assunto nunca deixa de ser moda: a alienação, 'o dominado pensando com a cabeça do dominador' ".
Pois é, Nilson. E ainda dizem que Marx está ultrapassado.
7 comentários:
Caro amigo, não acha que tem muito cacique e pouco índio nessa onda do "pressal" como vc mesmo diz?
Só que os caciques estão todos lá no Sul Maravilha, Alan. Aqui, parece que só tem índio.
Francisco , vou encher mais uma vez , acho que neste caso trocou-se a causa pelo efeito.
Abs
Tadeu
Amigo Tadeu,
Ainda não entendi o ponto.
Abs.
Corretíssima a avaliação. O que o Nassif diz sobre os municípios fluminenses citados, é exemplo para o governador Cabral chorar. E muito!
Prezado Francisco,
Seria proveitoso se o episódio dos royaltes desse espaço à reflexão idonea que se vem mantendo aqui. Capaz afastar a tentação alquimista que se mantém por aí de descobrir os adeptos do "bem" e do "mal".
Talvez, por exemplo, imagino, pudessemos avançar na compreensão do que possa ser um pacto federativo em nossa república capaz ao menos de desnaturalizar as desigualdades regionais.
O que me recordo sobre o tema, é que o nosso príncipe sociólogo extinguiu em seu governo um dos trabalhos mais importantes a respeito, concebidos pelo saudoso prof Celso Furtado, a SUDENE. Que logo foi re-instalada pelo governo Lula.
Prezado Francisco, a respeito de Marx e a moda, conforto-me com o velho Saramago que certa vez disse:
"Sou aquilo que se pode chamar de comunista hormonal. O que isso quer dizer? Assim como tenho no corpo um homônio que me faz crescer a barba, há outro que me obriga a ser comunista"
Abs,
NIlson Soares
Caro Nilson,
O debate sobre o federalismo, protegido constitucionalmente, está na ordem do dia. Infelizmente, a discussão fica restrita aos círculos mais fechados, até porque demanda a abordagem de assuntos supostamente áridos para a opinião pública.
O ideal seria debater o tema com responsabilidade, com a mídia fazendo o papel de esclarecer a sociedade. Infelizmente, não é bem isso o que se vê, como se denota deste episódio dos royalties, em que as Organizações Globo estão fazendo a propaganda institucional do governo do Rio.
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