domingo, 9 de maio de 2010

Objetivamente com a sua mãe

Elas não são perfeitas, por isso magníficas.

Hoje é o Dia das Mães.

Apesar do golpe publicitário -- e ainda dizem por ai que os advogados são a pior invenção da humanidade. Esse dia é especial pra mim.

O dia das mães faz-se na rotina?

Talvez.

Algo muito difícil para a maioria dos filhos que, destarte exceções, tratam muito mal suas mães.

Esse dia; na verdade todos os dias, teriam que ser tratado como um dia de alegria. A alegria de ter uma mãe. Amar sua mãe.

Somos filhos de várias mães.

Aprendi isso no sofrimento.

A mãe natureza seria, a princípio, a referência maior. Mas, isso é outra questão.

Trato, aqui, do sentimento que me abraça a alma sobre tentar dizer algo sobre a minha mãe biológica -- e cármica, com certeza.

A minha mãe não é uma pessoa fácil.

Eu não sou uma pessoa fácil.

A minha mãe me criou para a guerra.

Ensinou-me a objetividade que precisaria na batalha pela sobrevivência.

Maria Tereza Mutran Pereira inoculou-me um arsenal que forjou minha existência.

- Ela, um dia, me disse -- acho que tinha 9 anos de idade e aguardávamos na sala de espera, atendimento odontológico para meu tratamento de combate à uma série de cáries advindas do enfraquecimento de minha arcada dentária; tudo em razão da alta dosagem de antibióticos a qual fui submetido após uma gravíssima enfermidade.

Mamãe percebendo minha aflição disse:

- Meu filho! Você é um rapazinho muito querido e inteligente. Estamos aqui para recuperar alguns dos problemas que você teve com aquela doença. Tenha coragem! Isso passará.

- Passou.

A doença a qual minha mãe referia-se, obrigou-me internação de quase seis meses num Hospital na Avenida Nazaré. Quase ao lado da Basílica de mesmo nome.

Escapei da morte por pouco. Na verdade, por um triz.

Foram dias de muito sofrimento. Jamais me esqueci. Ocorre que minha mãe e meu pai e meus dois irmãos não desistiram de mim. Acho que a Santa também.

Recuperei-me aos poucos.

No período da internação que devolveu minha saúde; fazia minhas lições -- lia compulsivamente até adormecer, para enganar as dores terríveis que me acometiam -- e, em seis meses, recuperei a saúde, e terminei o ano escolar no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, em segundo lugar com as melhores notas daquele longínquo 1976.

Essa é a minha mãe.

Somos apaixonados um pelo outro.

Legal falar isso aqui. Me fortalece.

Portanto, dê um beijo em sua mãe. O maior presente para elas é isso.

Se sua mãe está num plano superior. Visite-a.

- Não precisa ser presencialmente.

- Converse com ela mentalmente. Faça uma oração de adoração. Diga que você a ama, e que você é um cidadão, graças a ela.

Beijão mamãe.

2 comentários:

Nilson Soares disse...

Prezado Val,

Tocante, parabéns a Sra Mutran,

abs,

Nilson Soares

Val-André Mutran  disse...

Uma batalhadora Nilson e muito queirda pelos filhos.
Obrigado pela gentis palavras.