quinta-feira, 15 de julho de 2010

O girar do tempo


Imagem: AP

"E no girar do tempo vi tão claro quanto uma criança
Aquelas esquecidas manhãs em que o menino passeava com sua mãe
Em meio às parábolas
Da luz solar
E às lendas da verde capela
E pêlos campos da infância duas vezes descritos
Pois suas lágrimas me queimavam as faces e seu coração se enternecia em mim.
Esses eram os bosques e o rio e o mar
Ali onde um menino
À escuta
Do verão dos mortos sussurrava a verdade de seu êxtase
Às árvores e às pedras e ao peixe na maré"
(fragmento de Poema de Outubro, 1934; tradução de Ivan Junqueira)

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