Outro dia enquanto assistia a uma versão cinematográfica do clássico "Guerra e Paz", fui surpreendido por um diálogo entre dois personagens, ambos oficiais russos, em que o mais jovem indagava a seu general que a culpa pela guerra napoleonica entre França e Rússia não seria responsabilidade da falência de seus governantes. Foi quando o velho general fechou a discussão de forma lapidar, dizendo que naquele caso a responsabilidade ia além dos governantes, pois antes extendia-se à aristocracia e ao exército de ambos os países, que permitiram que os fatos chegassem àquele nível de gravidade. A consideração do lendário general Kutuzov aplica-se plenamente à situação vivida nesses tempos em Belém, e de forma mais aguda quando atentamos para comentários de figuras públicas que criticam o que aí está como adviesse de geração espontânea, enquanto jactam-se de um passado sem eco no desalento presente, ele todo construído à base de oportunidades e omissas adesões.
2 comentários:
Meu caro Itajaí,
Post pertinente com o qual estou inteiramente de acordo.
Meu caro amigo,
Esse é o tempo de cada dia,
construído como farsa e tragédia,
ante a indiferença dos cães,
dos pássaros, de luares e flores.
Abs.
Postar um comentário