[Em complemento à postagem anterior.]
Quem não deve estar nada animado hoje é o também candidato ao Senado pelo PT, Paulo Rocha. Como ele também renunciou a um mandato, no caso de deputado federal, para escapar de uma possível cassação por pretenso envolvimento no "escândalo do mensalão", já se pode antever como o TSE decidirá o recurso do Ministério Público Eleitoral contra Rocha.
Como já disse antes, não adianta comemorar nem ter esperança: o STF vai liberar todos os fichas sujas para as eleições do próximo mês. A menos que algo de surpreendente aconteça naquela corte. Mas surpreendente mesmo.
Mas se houvesse a possibilidade de o STF declarar a "Lei da Ficha Limpa" aplicável aos fatos ocorridos antes de sua vigência, a maior beneficiada com isso, no Pará, seria Marinor Brito. Candidata do PSol ao Senado, ela não conta com capilaridade eleitoral (como demonstrou sua candidatura à prefeitura de Belém), muito menos para enfrentar Jader Barbalho, Paulo Rocha e Flexa Ribeiro, este último virtualmente eleito. Se os dois primeiros saíssem da disputa na marra, Marinor estaria no lugar certo, na hora certa. Como são duas vagas, acabaria eleita, eis que os demais candidatos são ilustres desconhecidos. Os antigos diziam que isso equivale a um cavalo passar selado pela frente de quem precisa de transporte. Eu digo que isso equivale a um Rolls-Royce com motorista, parando na frente de Marinor, que é carregada no colo e depositada com todo carinho no assento para uma viagem de sonho.
Seria maravilhoso. Pena que, à frente, haja uma praça de pedágio chamada STF. Pedágio que o povo brasileiro continuará a pagar.
4 comentários:
Yúdice, pelo menos 3 dos juizes do STE, que votaram pela cassação de Jáder e Roriz, teem assento no STF.
Considerando que a alta corte hoje conta com 10 membros, e que entre os 7 restantes há simpatizantes ardorosos da Lei da Ficha Limpa, amplamente defendida pela CNBB, o próximo julgamento poderá não ser um passeio, como se diz. Eu diria que os apenados no TSE chegarão ao STF com aquilo na mão.
Verdade, Itajaí. Já fiz uma postagem sobre isso.
Bem, mas qualquer decisão do STF só deverá vir depois das eleições, o que só colabora pro descrédito da justiça, que o leigo não entende de perigo de dano irreparável e liminares.
Para o público, Jader teve a candidatura cassada e continuará aparecendo na TV, fazendo campanha, porque a justiça não funciona. Simples assim.
Irretocável Luiza.
É apenas uma leve "sensação" que ela (justiça) existe.
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