A notícia, segundo O Liberal (alto da página virtual, com direito a foto com aparência raivosa):
A notícia, segundo o Diário do Pará (sem maiores destaques):
A verdade é que o Tribunal Superior Eleitoral, em julgamento concluído ontem à noite, cassou a candidatura de Jader Barbalho ao Senado, por cinco votos contra dois, acolhendo o voto do relator, Ministro Arnaldo Versiani. O motivo é o fato de Barbalho haver renunciado ao mandato de senador em 2003, para escapar de uma possível cassação. De acordo com a "Lei da Ficha Limpa", isso o tornou inelegível por oito anos.
A decisão já era esperada, considerando que, na véspera, o TSE já disparara seis tiros contra Joaquim Roriz. O único leniente foi o Ministro Marco Aurélio, que leva às últimas consequências os ideais de proteção do indivíduo contra o Estado e, por isso, ama o princípio do estado de inocência mais do que a necessidade de moralizar a política.
Interessante é a retórica da folha barbálhica. Como não pode inventar uma realidade paralela e publicar que a candidatura do patrão se salvou, o jeito é apelar para uma figura de linguagem: a ambiguidade. Ao publicar que Barbalho "mantém candidatura", quer dizer que, até final decisão, ele continua em plena campanha. O que é normal, posto que os recursos eleitorais contra impugnações e cassações têm efeito suspensivo. Mas o desavisado que lê a manchete acaba entendendo que o julgamento do TSE foi favorável.
Eu adoro a Língua Portuguesa. O que estraga é a política destas paragens...
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