Sempre impliquei com a expressão PIG, iniciais do tal "partido da imprensa golpista", cunhada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim para nomear uma suposta orquestração da grande imprensa contra Lula e seu governo.
Apesar da má vontade evidente de vários órgãos de imprensa para com o presidente, notadamente a hebdomadária Veja e o jornal Folha de São Paulo, "partido" e "golpista" me pareciam expressões superlativas para a realidade, que evidencia uma tomada de posição travestida de noticiário (e por isso não explícita), mas não um concerto destinado a subverter, perverter ou tomar de assalto as instituições.
Lúcio Flávio Pinto espelha esta mesma dúvida, em artigo publicado no blog do santareno O Estado do Tapajós. Recomendo a leitura.
16 comentários:
Yo no creo en brujas. Pero que las hay, las hay.
Sorry, "taifeiro".
O que falar de Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, etc? Qual moral têm eles para questionar a imprensa? Estranho, muito estranho...
Obrigado pelo link ao Blog do Estado.
Estamos sempre às ordens.
Abraços
Miguel Oliveira
Na análise do comportamento golpista da grande imprensa brasileira, não pode deixar de ser considerado o clássico "1964 - A Conquista do Estado", escrito por um dos nossos mais brilhantes cientistas sociais, Rene Armand Dreifuss, infelizmente falecido em 2003 aos 47/48 anos de idade.
Nela está milimetricamente dissecado o golpe de 64 e o papel fundamental que a imprensa teve nesse desfecho, agindo em acordo com as orientações do Ipes e do Ibad (parece que hoje há um congênere para esse fim, denominado Instituto Millenium).
Logo, se leres o livro, verás que práticado até agora, no governo Lula, apenas repete parte da receita do bolo de 64, incompleta é óbvio, mas há quem sugira (e nem é petista)que houve alguma análise no sentido de uma saída golpista ao modo da Guatemala. Eu não duvido.
PIG x PIG. O que tem mais: PIG (Partido da Imprensa Golpista) ou PIG (Partido da Imprensa Governista)?
Esqueceram a "blindagem" tucana? A "blindagem" de FHC? Quem disse que ela não existiu? E advinhem quem blindou?
Quer dizer que quemdiscorda deste Governo é aliado ao PIG? Que bobeira!
Não adianta Dilma usar a tática de Lula de alegar "eu não sabia". Erenice era a sua operadora de muito tempo por onde passou.
De todos os ângulos que se olhe os acontecimentos em torno de EreniceGuerra eles causam espanto. Essa turma do PT não é composta apenas de neo-ricos, mas também de neo-mafiosos. Vêem-se de longe os novos ricos pelos ruídos, pela arrogância estampada na cara, pelas roupas e adereços caros e de mau gosto, pelos carros espalhafatosos. São facilmente distinguíveis mesmo em silêncio, pois não sabem se portar, usar o talher corretamente e nem mesmo mastigar. E nem pedir adequadamente comida em restaurantes. Também nas práticas mafiosas fazem tudo que neófitos fazem e sobretudo não guardam o silêncio, a regra de ouro dos bandoleiros de todos os tempos.
Eu acho gozado que certas pessoas não têm coragem de assumir suas opiniões e se denominam de "Anônimos",ou seja, não têm nome, não têm identidade... Por que será, hein? "P" de partido, porque é a opinião inclusive da sra. Judith Brito, presidente da ANJ, dos donos deles... "G" de golpista, porque não é outro termo a ser usado diante das ações dessa imprensa velha. E olha que não sou petista, aliás, tenho sérias divergências com a maioria deles...
Gozado é o que eles fazem com a gente.
Miguel, de nada. O Blog do Estado está entre minhas leituras costumeiras.
Abs.
Itajaí, o momento de 2010 não pode ser comparado ao de 1964. O artigo do Lúcio ao qual a postagem é dedicada, inclusive, faz bem esta diferença.
É por isso que acho um tanto exagerada a expressão - se este exagero não for deliberado.
De qualquer forma, estamos de acordo com o fato de que a Veja há muito não pratica jornalismo, no sentido técnico da palavra.
Abs.
Carlinhos,
como diria o padre Quevedo, "nonexiste".
Abs.
José Carlos e anônimos,
Obrigado pela sua participação no debate. Venham sempre.
Meu caro Francisco,
Claro que o momento histórico 1964/2010 não pode ser comparado, pois senão eu não estaria lhe escrevendo essas palavras e talvez o Flanar nem existisse, pelo menos na conformação com que hoje publica.
O que eu lhe disse foi que o "modus operandi" da grande imprensa brasileira - tenha ela o apelido de PIG, GIP, PGI ou o que for - é o mesmo encenado em 64. Leia o livro, que é um brilhante ensaio político, e depois comente com a sua inegável sensibilidade o que eu lhe disse. Lembre-se que todos os atores que aí estão jogando, já praticaram o mesmo jogo naquela época.
Nesse caso, deixar a planície e ler os que importa para melhor construir o discernimento faz toda a diferença.
Abs.
Excelente, como sempre, o texto do Lúcio.
Ponderado e abrangente, sem ranço, faz uma perfeita apreciação.
Ah, perfeito, também, o comentarista das 5:01.
PIG x PIG, "golpistas / governistas"! É isso.
E viva Millor, que disse ser a imprensa, necessariamente, de oposição.
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