sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O PIG existe?

Sempre impliquei com a expressão PIG, iniciais do tal "partido da imprensa golpista", cunhada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim para nomear uma suposta orquestração da grande imprensa contra Lula e seu governo.

Apesar da má vontade evidente de vários órgãos de imprensa para com o presidente, notadamente a hebdomadária Veja e o jornal Folha de São Paulo, "partido" e "golpista" me pareciam expressões superlativas para a realidade, que evidencia uma tomada de posição travestida de noticiário (e por isso não explícita), mas não um concerto destinado a subverter, perverter ou tomar de assalto as instituições.

Lúcio Flávio Pinto espelha esta mesma dúvida, em artigo publicado no blog do santareno O Estado do Tapajós. Recomendo a leitura.

16 comentários:

Carlos Barretto  disse...

Yo no creo en brujas. Pero que las hay, las hay.
Sorry, "taifeiro".

Anônimo disse...

O que falar de Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, etc? Qual moral têm eles para questionar a imprensa? Estranho, muito estranho...

Blog do Miguel Oliveira disse...

Obrigado pelo link ao Blog do Estado.
Estamos sempre às ordens.
Abraços
Miguel Oliveira

Itajaí disse...

Na análise do comportamento golpista da grande imprensa brasileira, não pode deixar de ser considerado o clássico "1964 - A Conquista do Estado", escrito por um dos nossos mais brilhantes cientistas sociais, Rene Armand Dreifuss, infelizmente falecido em 2003 aos 47/48 anos de idade.
Nela está milimetricamente dissecado o golpe de 64 e o papel fundamental que a imprensa teve nesse desfecho, agindo em acordo com as orientações do Ipes e do Ibad (parece que hoje há um congênere para esse fim, denominado Instituto Millenium).
Logo, se leres o livro, verás que práticado até agora, no governo Lula, apenas repete parte da receita do bolo de 64, incompleta é óbvio, mas há quem sugira (e nem é petista)que houve alguma análise no sentido de uma saída golpista ao modo da Guatemala. Eu não duvido.

Anônimo disse...

PIG x PIG. O que tem mais: PIG (Partido da Imprensa Golpista) ou PIG (Partido da Imprensa Governista)?

Carlos Barretto  disse...

Esqueceram a "blindagem" tucana? A "blindagem" de FHC? Quem disse que ela não existiu? E advinhem quem blindou?

Anônimo disse...

Quer dizer que quemdiscorda deste Governo é aliado ao PIG? Que bobeira!

Anônimo disse...

Não adianta Dilma usar a tática de Lula de alegar "eu não sabia". Erenice era a sua operadora de muito tempo por onde passou.

De todos os ângulos que se olhe os acontecimentos em torno de EreniceGuerra eles causam espanto. Essa turma do PT não é composta apenas de neo-ricos, mas também de neo-mafiosos. Vêem-se de longe os novos ricos pelos ruídos, pela arrogância estampada na cara, pelas roupas e adereços caros e de mau gosto, pelos carros espalhafatosos. São facilmente distinguíveis mesmo em silêncio, pois não sabem se portar, usar o talher corretamente e nem mesmo mastigar. E nem pedir adequadamente comida em restaurantes. Também nas práticas mafiosas fazem tudo que neófitos fazem e sobretudo não guardam o silêncio, a regra de ouro dos bandoleiros de todos os tempos.

Zé Gondim disse...

Eu acho gozado que certas pessoas não têm coragem de assumir suas opiniões e se denominam de "Anônimos",ou seja, não têm nome, não têm identidade... Por que será, hein? "P" de partido, porque é a opinião inclusive da sra. Judith Brito, presidente da ANJ, dos donos deles... "G" de golpista, porque não é outro termo a ser usado diante das ações dessa imprensa velha. E olha que não sou petista, aliás, tenho sérias divergências com a maioria deles...

Anônimo disse...

Gozado é o que eles fazem com a gente.

Francisco Rocha Junior disse...

Miguel, de nada. O Blog do Estado está entre minhas leituras costumeiras.
Abs.

Francisco Rocha Junior disse...

Itajaí, o momento de 2010 não pode ser comparado ao de 1964. O artigo do Lúcio ao qual a postagem é dedicada, inclusive, faz bem esta diferença.

É por isso que acho um tanto exagerada a expressão - se este exagero não for deliberado.

De qualquer forma, estamos de acordo com o fato de que a Veja há muito não pratica jornalismo, no sentido técnico da palavra.

Abs.

Francisco Rocha Junior disse...

Carlinhos,

como diria o padre Quevedo, "nonexiste".

Abs.

Francisco Rocha Junior disse...

José Carlos e anônimos,

Obrigado pela sua participação no debate. Venham sempre.

Itajaí disse...

Meu caro Francisco,
Claro que o momento histórico 1964/2010 não pode ser comparado, pois senão eu não estaria lhe escrevendo essas palavras e talvez o Flanar nem existisse, pelo menos na conformação com que hoje publica.
O que eu lhe disse foi que o "modus operandi" da grande imprensa brasileira - tenha ela o apelido de PIG, GIP, PGI ou o que for - é o mesmo encenado em 64. Leia o livro, que é um brilhante ensaio político, e depois comente com a sua inegável sensibilidade o que eu lhe disse. Lembre-se que todos os atores que aí estão jogando, já praticaram o mesmo jogo naquela época.
Nesse caso, deixar a planície e ler os que importa para melhor construir o discernimento faz toda a diferença.
Abs.

Anônimo disse...

Excelente, como sempre, o texto do Lúcio.
Ponderado e abrangente, sem ranço, faz uma perfeita apreciação.

Ah, perfeito, também, o comentarista das 5:01.
PIG x PIG, "golpistas / governistas"! É isso.

E viva Millor, que disse ser a imprensa, necessariamente, de oposição.