Primeiros 3 dias com o iPad

Primeiro sincronismo com o iTunes

Em primeiro lugar, antes de inciar um hands on no produto, é preciso entender exatamente qual a sua função, no universo de gadgets e dispositivos de acesso móvel a web. Afinal, a primeira pergunta que me fazem quando falo dele, é precisamente: "para que eu preciso do iPad?"

De fato, dependendo de seu cotidiano e principalmente de seu orçamento pessoal, você talvez não precise dele. Assim como você não precisa de fato de outras coisas, que acaba adquirindo. Sendo assim, a resposta depende muito de uma atitude pessoal, não me cabendo outra resposta além do respeito a diversidade de atitudes, plenamente compreensíveis. Mas o produto, pelo seu tamanho, peso, projeto e principalmente funcionalidade, tem sim um lugar específico no universo de traquitanas eletrônicas disponíveis, que a todo dia se multiplicam. Algumas com grande sucesso e outras, constituindo os mais flagrantes fracassos de público. Exemplos de vaporware podem ser vistos todos os anos nas retrospectivas que as principais publicações especializadas fazem no final do ano. 

Mas penso que está longe de ser o caso do iPad. É um produto sólido, prático, elegante e eficiente no que se propõe. E em minha opinião, é o melhor dispositivo para acessar internet móvel da atualidade, com conforto da tela de alta qualidade com exatas 9,7 polegadas. E a tela, acreditem, faz toda a diferença. Brilho e definição espantosos. Nela você terá a melhor experiência verdadeiramente portátil para ver seus vídeos e fotografias. Além disso, não podemos esquecer também que nela, com auxílio de um teclado virtual (infinitamente mais confortável que o do iPhone), poderá editar seus textos, planilhas e apresentações, com a suíte iWork portada com sucesso para o iPad. Por 30 dólares, você não precisará mais do notebook e suas longas inicializações para trabalhos sem maior complexidade. Com efeito, já no segundo dia de uso, adquiri o Pages para fazer textos a qualquer hora. Por enquanto, não vejo aplicação em meu cotidiano para o Numbers (planilhas) e Keynote (apresentações).

No unboxing, o de sempre. Aquela esmerada embalagem, que já é marca registrada dos produtos Apple. O conteúdo: iPad, cabo de sincronismo, carregador de energia, um sucinto manual e dois adesivos grandes da Apple. :-)

Exibição de vídeos em HD

Ao ligar pela primeira vez, ele vai exigir o primeiro sincronismo com o iTunes. E apenas este primeiro sincronismo será demorado. Os demais não. Neste primeiro tempo, você será obrigado a decidir o que vai pro seu iPad. E aí, a capacidade de armazenamento do produto é que manda. Nem pense em jogar pra ele todo o seu acervo de músicas, imagens e vídeos. Lembre-se: ainda tem uma carrada de aplicativos  que com certeza você vai precisar. E o tamanho médio dos aplicativos é maior do que os do iPhone/iPod Touch.

Depois do primeiro sincronismo, você vai aprender que todos os aplicativos que usava no iPhone/iPod Touch, também funcionarão no iPad. Mas o melhor, é sair garimpando aqueles desenvolvidos especificamente para o iPad. E encontrei alguns simplesmente sensacionais. Mas isso, será objeto de outro post, após passar mais um tempinho com ele, quando então, poderei opinar com foco no cotidiano de seu uso.

Por fim, se você adquiriu o modelo WiFi/3G, terá que providenciar um plano de dados com sua operadora preferida. E lembre-se: a exemplo do iPhone 4, o iPad utiliza o chip micro-SIM card. Isso vai adicionar mais uma conta no final do mês. E deve ser avaliado antes de decidir. Contudo, pessoalmente, acho que iPad sem conectividade 3G, é investir muito para obter 1/2 benefício.
E agora? Entendeu porque andam enterrando os netbooks?