O excêntrico diretor, cercado por Beetlejuice, o invasor de "Marte ataca!", Jack Esqueleto e o controverso Batman, com o nome escrito à moda de "Peixe grande". |
Ele criou um perfil específico, @BurtonStory, no qual pede aos usuários do microblog que continuem sua história, protagonizada por um certo Stainboy, já retratado anteriormente em filmes de curtametragem. A técnica de iniciar uma história e deixar que outros a prossigam é usada, pelo menos, desde que os escoteiros surgiram no mundo. Trata-se de um passatempo divertido, que já usei uma vez em sala de aula, com meus alunos.
Burton seleciona as postagens que lhe parecem mais adequadas à continuidade de seu roteiro e as publica no site Burton Story. Os participantes devem seguir com a narrativa a partir do último trecho – sempre usando a hashtag #Burtonstory ao final de cada texto.
Os interessados têm até o dia 6 de dezembro para tentar entrar no universo burtoniano. Bacana.
PS.
Timothy William Burton (52) é um dos mais criativos cineastas americanos, por seu destemor em experimentar linguagens diferenciadas e investir em temas soturnos, navegando entre o terror e o humor negro, mas às vezes construindo histórias doces e comoventes. Também é conhecido por sua constância: quase sempre emprega seus favoritos, os atores Johnny Depp e Helena Bonham Carter (companheira e mãe de seus dois filhos) e o músico Danny Elfman, autor das trilhas sonoras. Já fez enorme sucesso com obras alternativas (O estranho mundo de Jack), com filmes de ação de gosto duvidoso (três títulos da primeira franquia Batman e Planeta dos macacos de 2001), com tramas delicadas (Peixe grande) e com blockbusters (A fantástica fábrica de chocolate versão 2005), mas às vezes naufraga em projetos como o detestável Alice no País das Maravilhas, deste ano.
4 comentários:
Detestável? Tás brincando...
É, eu sei que muita gente gostou, Francisco. Escrevi o "detestável" para ver as reações. Mas devo dizer que, como fã de Burton, fiz tudo que pude para gostar do filme. Enquanto assistia, procurava examinar os detalhes, mas comecei a lutar contra o sono. A certa altura, como me recuso a sair antes de o filme acabar, precisei lutar contra a raiva.
Fiquei com a sensação de que a fórmula está cansando. Precisamos aguardar o próximo filme para saber se foi apenas uma derrapada ou se o estilo engoliu o artista, como tantas vezes acontece - caso, p. ex., do diretor brasileiro Luís Fernando Carvalho.
Yúdice, sem querer alimentar a polêmica, eu detestei Big Fish.
E adorei 9, A Salvação.
Abs.
Interessante como são os gostos. Achei "Peixe grande" adorável. Mas não vi a outra obra citada.
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