quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
S.O.S. Ruy Barata
Um dos ícones da nossa Belém, a simpática estátua do extraordinário artista paraense Ruy Barata, encontra-se em frangalhos no Parque da Residência.
A obra de bronze é de autoria de outro paraense, o também multitalentoso Fernando Pessoa e com certeza figura entre os pontos mais fotografados da cidade, tanto por nós moradores, quanto por turistas.
No último domingo tive a oportunidade de constatar, numa rápida olhada, várias injúrias em sua estrutura, como uma fratura “completa” no braço direito, lascas e descascados grandes e pequenos pelo tronco, membros e cabeça.
Entendo, é claro, que a ação de intempéries, somada a uma pitada de vandalismo, levou ao atual grau de degradação.
E entendo também que é chegada a hora da manutenção, enfim, de uma reforma completa deste símbolo recente da memória cultural de nossa cidade.
Mas, como sensibilizar o governo que sai e/ou o que entra para evitar a completa destruição do poeta?
Alô, alô, blogosfera!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Caro Scylla
O que está a suceder com a homenagem ao Ruy faz parte daquilo que é mais insidioso e cruel por parte do sistema - a destruição da memória coletiva, principalmente se essa memória tem ligações com a rebeldia popular. Uma rebeldia que teve no meu amigo Ruy e demais amigos de mesa do Central Café(Chico Mendes, Benedito Nunes, Napoleão, Raimundo Moura, Mauro Faustino, Irawaldyr Rocha, Jocelyn Brasil, Joaquim Francisco e etc) os mais fiéis exemplos.
Por sorte o Ruy ainda é lembrado por suas músicas e quando isso for esmagado pela asneira "pop" que nos impingem dos EUA? o que restará?
Pedro, se perdermos a memória, mesmo que das pequenas coisas, então jamais as teremos vivido!
No caso da memória mais recente, do Ruy Barata e de sua obra, caso a cidade a perca, poderemos então dizer que a cidade de Belém e o estado do Pará estarão sofrendo de uma espécie de "Alzheimer Cultural".
Um abraço.
Os honorários e mui competentes membros do Ministério Público, fazem cara de paisagem.
Isso é uma vergonha Scylla.
Não tomam uma providência.
Se tomaram, não deram a obrigatória publicidade para o feito.
Assim, impera o mal feito naquela que um dia -- bem distante --, chamou-se Belém do Grão-Pará.
Uma merda.
É, Val-André, é Pará isso!
Postar um comentário