Imagem: Blog Apimentada |
Acreditem. Um supremo esforço estratégico para ao menos evitar latir, urrar, mostrar os dentes e as garras ou mesmo arrancar o telefone da parede. Algo deprimente, mas plenamente factível, na dependência do momento. Mas, a mesma atitude, obviamente (sim, eu deveria saber), não vem sendo tomada pelas empresas. Santa ingenuidade, Batman!
Pela experiência que vou narrar aqui, vocês poderão entender sobre o que estou falando.
O cenário, não poderia ser pior. Um sábado, por volta de 9 horas da manhã. Tinha ido dormir por volta de 4 da madrugada do mesmo dia. Nenhum plantão ou compromisso me esperava para o dia. Tudo que eu deveria e queria fazer, era dormir até o sono acabar. O sono dos justos, como muitos poderiam afirmar. Mas justiça seria um luxo para mim naquele dia.
Por volta das 9 horas o telefone toca:
- Bom diaaaaa! - Diz a atendente.
- Sr. Carrrrrlos Barrrrrrrretto?
- Sim? - respondo algo extremunhado, ainda naquele curto momento refratário a qualquer reação racional e ou emocional.
- Meu nome é "fulana" da empresa de cartão de crédito "Tabajara". Aproveitando para parabenizá-lo pelo seu ótimo conceito de crédito no mercado, estou ligando para oferecer ao senhor o cartão...
- Por favor, me desculpe - interrompo eu.
- Não estou interessado e não poderei mais falar com a senhora...
- Mas por quê não pode falar... Por quê não pode falar... - interrompeu a atendente, com um ar francamente inquisitorial.
Click, foi o passo seguinte.
Como podem ver, há excessos neste tipo de atividade. Falta muito pouco para sermos no mínimo "ralhados" (para usar um termo hilariante que ouço com maior frequência), por desejarmos descansar no final de semana. Muito pouco. A linha de tensão entre telemarketing e usuários parece ser esticada ao máximo. É a hora de começarmos a limitar este tipo de atividade, mantendo-a dentro de certos limites. Ou será que seremos obrigados agora a acionar judicialmente as empresas para termos o direito de dormir em paz. E informo que para um médico, pai separado, com 2 filhos, desligar o telefone, simplesmente está fora de questão.
Sinceramente, tal fato, minou de forma definitiva minha atitude frente a estes elementos. Minha falta de respeito, será algo mais proporcional ao deles. Ou seja, possivelmente, ficaremos só no Click.
2 comentários:
Rapaz, recentemente tive que ter muita paciência pra não mandar pra longe uma operadora, que queria praticamente me obrigar a assinar uma revista.
Isso depois de eu dizer que havia cancelado a assinatura por não gostar da linha política que a publicação havia adotado!
Aí é demais, né, Alan. Certa vez também recebi um destes telefonemas. Mas para assinar um dos jornalões locais. Que tal?
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