sábado, 9 de abril de 2011

Sempre ela: a política

Que tal os leitores repassarem comigo aqui, coisa rápida para não tomar o seu precioso tempo, um briefing do Pará?


Foi provocado que o Pará – por quê não?– poderia sediar uma planta industrial no sistema CKD (montagem de peças) para nacionalizar alguns dos produtos que a Aplle vai lançar no país com selo brazuca.

Na agenda da presidente Dilma Rousseff na China, que hoje teve início, há um encontro com o CEO da Foxconn, fabricante do iPad, do iPhone e do iPod na China como única credenciada pela Aplle para a montagem das peças de seus produtos.

A Folha apura na reportagem que o candidato natural à produção das maravilhas da Apple será São Paulo, na região de Jundiaí e Indaiatuba, onde estão unidades da Foxconn.

Ou seja Minas Gerais está fora da mesa. Sem cartas.

E quais seriam as cartas do Pará nesse jogo?

A SUDAM certamente não. Esvaziado, sem qualquer ação de peso. O que seria a nossa agência de desenvolvimento, acabou transformando-se num grande "Ser" ausente e cheio de eternas boas intenções do governo federal para com os desígnios da Amazônia.

Tipo: vamos recriar a SUDAM, deve ter pensado Lula. Mas, vamos esvaziar, suponho que ele disse de bate pronto, pois que é, exatamente o que hoje está reduzida a SUDAM.

E o BNDEs?

O Pará. Todos os 8 estados que compõem a chamada Amazônia Legal, somados à todos os estados do nordeste do país, não tem a força para derrubar a pretensão de uma oportunidade dessas como São Paulo quer e vai levar.

– Até que o Pará teria chance se não fosse um estado que soma a um dos povos mais desunidos do Nação. Não há sequer um acordo de controle de emigrantes entre o Pará e o Maranhão na rota da ferrovia que a Vale S/A controla.

Lamentavelmente, ainda não nasceu um político nesse país para unir o norte e o nordeste para se fazer impor ao protagonismo em voga, uma liderança regional de peso para equalizar os esforços de crescimento do país.

Como a SUDAM n-a-d-a faz. O BNDEs também não o fará.

A representação política e econômica de São Paulo dá as cartas.

É esse o jogo.

E aí Simão?

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Atualizando às 7:00 AM. Ousadia é uma palavra mágica e infelizmente não faz parte do dicionário da maioria de empresários e políticos.
Quem poderia imaginar que Eike Batista, quando era comprador de ouro em Itaituba (PA) pudesse, um dia, se tornar o 8º homem mais rico do mundo?
Ele foi e é ousado.
O tópico é para reflexão.


6 comentários:

ASF disse...

A questão Val-André, não se resume apenas a ousadia ou alianças políticas. Está em discussão a implantação de uma linha de montagem de produtos de alta tecnologia e ao que tudo indica, com agenda apertada.

Nesse cenário torna-se praticamente inviável ao Pará se candidatar como alternativa viável para o curto ou médio prazo. Inúmeros fatores fariam a candidatura do Pará parecer risível diante de São Paulo, Minas ou até mesmo de alguns estados do Nordeste, são elas: infra de transporte, questões tributárias e mão de obra qualificada.

ASF disse...

De forma simples e direta: infelizmente tudo indica que qualquer candidatura do Pará hoje não passaria de fanfarronice.

Val-André Mutran  disse...

A fanfarronice, caro Antonio será o slogan do Pará.
Um slogan às avessas.
O Estado está quebrado.
O atual governo é um zero à esquerda.
Não há qualquer planejamento à curto prazo para que Simão convoque um cadeia de Rádio e Televisão para dizer, afinal, por que voltou?
É simples assim.
E como o chefe é um acéfalo. Seu comenados são o mais bem acabado poema do nada à lugar algum.

ASF disse...

Meu caro eu não acho que ele seja acéfalo, mas gostaria de ver alguma mobilização real à favor do estado no curto, médio e longo prazo. Uma postura afirmativa acompanhada de ação.

Mas Infelizmente nada aconteceu até o momento.

Val-André Mutran  disse...

Vamos conferir se algo será feito aos 200 dias Antonio.

ASF disse...

Contando (mas não espalha, não estão assim tão otimista).