terça-feira, 10 de maio de 2011

Fotógrafos de guerra na mira


Duas matérias fantásticas na revista de domingo do New York Times de domingo passado: a matéria de capa é sobre o voo Rio-Paris da Air France que caiu na costa brasileira em 2009; a outra fascinante história é sobre fotógrafos de guerra, que são alvos constantes de tiros e bombardeios, mas cujo trabalho fotográfico adiciona mil camadas de realidade, sutileza e complexidade à cobertura de guerras e conflitos.

Na foto acima, João Silva, fotografo português que trabalha para o New York Times, e ficou famoso por ser co-autor do livro "The Bang Bang Club", relatando a cobertura feita por ele e por Greg Marinovich da Africa do Sul durante o apartheid.

João Silva, que se encontra no hospital Walter Reed em Washington, D.C., desde outubro do ano passado, perdeu as duas pernas quando uma bomba explodiu debaixo dos seus pés em Kandahar, Afeganistão.

Os problemas de João fazem lembrar também duas outras perdas recentes, Tim Hetherington e Chris Hondros, mortos na Libia em abril. Hetherington era também diretor de cinema. Seu documentario "Restrepo", sobre uma unidade militar americana no Afeganistão, foi indicado ao Oscar de melhor documentario no ano passado.

2 comentários:

Paulo Santos  disse...

Chocante a realidade das coberturas de guerra. Conheço muitas histórias, poucas felizes.

Raul Reis  disse...

Pois é. Uma pena que tantos talentos tenham sido desperdiçados.

As publicações americanas estão discutindo novas regras de seguranças para seus jornalistas, principlamente depois destas mortes recentes e de sequestros também recentes...