Após burlescas atuações na Tribuna do Senado Federal, onde trabalha uma imagem de "o senador da moralidade", em sucessivos, grosseiros e deploráveis discursos contra a ex-governadora Ana Júlia Carepa. Matéria de hoje, no Diário do Pará, apurada pela jornalista Rita Soares, desmonta o Teatro de Revista de 5ª categoria que se tornou o senador, mais conhecido no Pará como "Tapiocouto." Que nega, peremptoriamente as suspeitas que recaem sobre sua cabeça e outros de seus comandados.
– Não senhores (as), não estou pré julgando ninguém, mas, contra os fatos há, naturalmente a negação de autoria, estratégia manjada por quem conhece os operadores do direito.
Sua filha e braço direito, deputada Cilene Couto, estão envolvidos em gravíssimas suspeitas de corrupção de alto poder destrutivo – para ambos – se o "senador da moralidade" e sua dileta filha forem alcançados pelo braço da Lei e restar provado suas participações nos ilícitos.
O fiscal da Lei, Nelson Medrado, um dos promotores que investigam a maior roubalheira aos cofres do erário público legislativo da história do Pará, já foi avisado pelo próprio senador que será objeto de discurso, a ser proferido na Tribuna do Senado, na próxima terça-feira. Aliás, será campeão de audiência, essa transmissão a ser realizada pela TV Senado.
Estima-se que algo em torno de R$ 60 milhões foram surrupiados e dividos entre os membros de sucessivas organizações instaladas dentro daquele Poder. Na Folha de pagamento não se tem mais dúvidas, e nos processos licitatórios da Casa, tudo aponta para uma sangria ainda maior, envolvendo gente graúda, teúda e manteúda.
Pela consistência do material que servirá de prova para os procedimentos cabíveis ao Ministério Público, denunciando à Justiça os envolvidos no caso que tem repercussão nacional e coloca o Legislativo paraense, literalmente num "mar de lama", à sociedade só resta uma reação: protestar e exigir de seus representantes no Parlamento, definitivamente, a extinção, da imundície chamada, foro privilegiado. Prerrogativa para Santos, coisa nos dias de hoje, convenhamos, difícil de localizar.
O foro privilegiado é guarda-chuva de condutas desse jaez e que é sinônimo de impunidade de autoridades e servidores públicos de todos os matizes.
–Abaixo o foro privilegiado já!
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