Ainda encantado com a incrível biografia de Henry Cartier-Bresson (2008, LPM Editores) de Pierre Assouline, reproduzo um trecho, que retrata o pioneirismo e genialidade do olhar ímpar deste extraordinário artista da fotografia.
"De qualquer forma, no enterro de Sir Winston (Churchill), como na coroação do rei George VI, trinta anos antes no mesmo local, ele (HCB) se concentra menos no evento oficial com todas as suas pompas do que em seu reflexo imediato nas ruas: uma mulher numa estação lendo um jornal com o retrato do velho leão na capa, um vendedor do Times no pregão, a tristeza das pessoas. O que o interessa, ainda e sempre, são as adjacências de que ninguém se lembra. Nada o alegra mais do que estar à margem da margem".
Nenhum comentário:
Postar um comentário