quinta-feira, 1 de setembro de 2011

La belle du jambu


Conversando ontem à noite com o Charlie Barretto, numa UTI da cidade, acabamos por evocar o clássico filme Belle du Jour, do mestre Luis Bunuel, o qual revi recentemente em DVD.
No filme, Sèvererine (Catherine Deneuve), a protagonista, é uma mulher bem-casada e frígida, que trabalha durante a tarde como prostituta na casa de Madame Anais (Genevieve Page).
Talvez este seja o menos surrealista dos filmes da fase francesa de Bunuel, tendo inclusive um toque depressivo light.
Dirigindo de volta para casa, acabei abrindo um link perigoso em minha memória, de um episódio ocorrido há algum tempo, e que resolvi compartilhar com vocês no Flanar.
Quando de um congresso médico, aqui em Belém, um renomado professor manifestou o desejo de conhecer umas, como posso dizer, meninas, garotas de programa, para um divertimento ligeiro e sem compromisso. Aliás, o assunto prostituição e congressos médicos é absolutamente censurado. Pelos médicos.
Um amigo congressista ficou encarregado de fazer o contato e acabou por organizar um passeio de lancha onde iriam o dito professor, seu assistente e ele mesmo, numa quente tarde de verão.
Na hora marcada, os três aventureiros encontraram três moças numa marina no Rio Guamá, e zarparam.
Para a surpresa do meu amigo, uma delas era a esposa de um outro médico, conhecida dele.
Enfim, o passeio pela "Amazônia" foi um total deleite para o professor e seu assistente.
Quanto ao médico local, ele contou que passou a tarde toda batendo papo com a jovem senhora, sobre filhos, viagens, relacionamentos e coisas assim.
Na chegada, quando do pagamento, a esposa, a Bela da Tarde, recusou o seu cachê, argumentando que tinha ido apenas para acompanhar as amigas.
Se não houve jabá nem jambu, então não houve crime, não é mesmo?
E viveram todos felizes para sempre.

3 comentários:

Carlos Barretto  disse...

2012 está próximo!

Rsss

Silvina disse...

Diria que está à porta.
Hihihi

Scylla Lage Neto disse...

Charlie e Silvina, o mundo é um filme, dirigido por Bunuel...