quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Bancarrota blues

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Na esquina da Trav. Benjamin Constant com a Aristides Lobo há um grande terreno com um tapume preto em uma clara indicação de que ali será um edifício. Algumas quadras depois está o Shopping Boulevard. No quarteirão anterior temos o Colégio Dom Bosco que, à noite, abriga uma faculdade particular. Qualquer cristão abnegado que tente atravessar da Presidente Vargas no sentido Doca de Souza Franco pode perder 30 minutos em horários de pique. O bairro do Reduto ainda nos trazia a esperança de uma pequena ilha horizontal que amenizaria o clima e a paisagem da cidade, para quem mora no centro. Imaginemos agora quem está dentro dos confortáveis e climatizados ônibus de Belém neste horário; e na quantidade de pontos de táxi para quem quer estacionar; e no volume de veículos particulares.
Não esqueçamos de outro volume: o de esgotos. Agora imagine no que está se transformando o Reduto com mais um edifício; mais uma faculdade particular; milhares de motoristas selvagens querendo sair do engarrafamento a qualquer custo: e para os desgraçados usuários do sistema de transporte público de Belém?? Imaginou?

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4 comentários:

Edyr Augusto Proença disse...

É incrível levar tanto tempo para ultrapassar uns cem metros, se tanto. Todas as transversais estão saturadas. Experimente passar mais cedo pela Aristides, ao lado do Boulevard. Há caminhões gigantescos em fila dupla. Carros estacionados, peliculados, não permitindo que, cruzando a rua, se possa perceber se vem carro no outro sentido. Agora, está saturada também a Riachuelo, na direção da Padre Eutíquio. A fila vem estourar na Oswaldo Cruz, na Tiradentes e claro, no mesmo trecho, que vai dar na Doca. E as autoridades, claro, nada. Tempo perdido, dinheiro perdido, carros gastando gasolina, se desgastando, humor, stress, assaltos, enfim.

Scylla Lage Neto disse...

Marise, não seria tecnobancarrota brega?!
Abs.

Marise Rocha Morbach disse...

Scylla,

Poderíamos acrescentar sem erro o tecno. Belém é uma cidade medieval/moderna: nada fica, só o temor e os deuses. Como eu não sei rezar vou trocar o meu carro por um barato e econômico que não seja 1.0.
Vou aprender a meditar e vou tirar os infernos urbanos do rol das coisas que me fazem perder o humor.
Abs.

Marise Rocha Morbach disse...

Edyr, é isso!