segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Inundado

O Fantástico, da Rede Globo, exibiu ontem uma reportagem sobre a cidade submersa de Petrolândia, em Pernambuco, que foi destruída quando da formação do Lago de Itaparica, reservatório da Usina Hidroelétrica Luiz Gonzaga, integrante da Companhia Hidroelétrica do São Francisco, há 23 anos.
De Petrolândia restaram apenas algumas ruínas submersas (e a parte mais alta de uma das igrejas acima do nível da água), que as autoridades do turismo pretendem colocar no roteiro turístico de aventura. A matéria era sobre isso, mas não foi o que me chamou a atenção. Observei o elemento humano, as pessoas mais velhas falando da saudade que sentem da cidade antiga (uma outra foi construída e é maior e mais urbana), dos seus costumes, músicas e festejos. E vejam este excerto do texto escrito pelo jornalista Francisco José:

"Com a construção da barragem e a criação do lago, as cachoeiras do Rio São Francisco desapareceram. Em um trecho, o rio deixou de existir. Algumas espécies de peixes também foram extintas."

Pensei imediatamente em Belo Monte. Para a construção de uma usina menor, em Pernambuco, espécies de peixes foram extintas e um patrimônio natural foi perdido. Que prejuízo se pretende impor, agora, ao Rio Xingu?
Nada como um exemplo concreto para nos fazer pensar.

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