Passados quatro meses do lançamento da Rede 4G pela Sky que optou pela utilização de rede TD-LTE, em Brasília (a primeria em toda a região das Américas) tem 70 estações radiobase (ERBs) e cada uma delas está dimensionada para suportar 2,5 mil assinantes, a maioria das regiões ainda não receberam o serviço. A empresa começou a disponibilizar o acesso 4G com duas ERBs de quatro portadoras em funcionamento, ocupando 20 MHz de espectro, mas essa capacidade pode ser facilmente expandida para 40 MHz se houver necessidade. As taxas de transmissão no downstream e upstream estão assimétricas, nesse primeiro momento.
O serviço já está operando em todo o Plano Piloto (Asas Sul e Norte, Lagos Sul e Norte), além das cidades satélites de Águas Claras e Sobradinho. A direção da companhia diz que desde o dia 23 de janeiro, o serviço será expandido para as demais cidades que compõem o Distrito Federal. Na verdade, a expansão está lenta, senão parada.
A companhia oferece pacotes de 2 Mbps e 4 Mbps, que também poderão ser adquridos por quem não é cliente de TV por assinatura. As baixas taxas disponibilizadas, considerando que o LTE pode chegar a 100 Mbps, pode indicar que, de fato, a Sky pretende se diferenciar dos concorrentes na questão da qualidade.
– Por quê?
– O presidente da Sky, responde: "A gente entende que essa história de vender 10 Mbps e entregar 1 Mbps não funciona", afirma o presidente da companhia, Luis Eduardo Baptista (Bap). "Espalhou-se muito a ideia de que 100 Mbps é melhor do que 10 Mbps. Mas se eu vendo 100 e entrego cinco, e se vendo 10 e entrego 8, 10 é melhor que 100", ironizou. A Sky também está deixando claro que a experiência comercial em Brasília será um laboratório para que então se decida ou não pela expansão da oferta para outros mercados.
"Quando você fala que é mais caro, eu acho que depende. Porque quem vende 10 Mbps e entrega 1 Mbps, esse pode ser mais caro", analisa. Além da venda da banda larga avulsa, foram criados pacotes de acesso em alta velocidade mais TV por assinatura. Os preços começam em R$ 129,80 e podem chegar a R$ 379,70.
Marco regulatório – Cá pra nós. É muito, mas muito caro mesmo para alguns habitantes da Capital Federal que possuem a maior renda per capta da América Latina o serviço oferecido pela Sky.
Nas audiências públicas que estão sendo promovidas pelo Governo para estabelecer um novo Marco Regulatório das Telecomunicações no país, um dos 20 pontos fundamentais listados findo a I Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), destaco o Capítulo 5 do documento, que é claro:
"Os serviços de comunicação considerados essenciais, relacionados à concretização dos direitos dos cidadãos, devem ser tratados como serviços públicos, sendo prestados em regime público. No atual cenário, devem ser entendidos como essenciais a radiodifusão, os serviços de voz e especialmente a infraestrutura de rede em alta velocidade (banda larga). Enquadrados dessa forma, eles estarão sujeitos a obrigação de universalização, chegando a todos os cidadãos independentemente de localização geográfica ou condição socioeconômica e deverão atender a obrigações tanto de infraestrutura quanto de conteúdo, tais como: prestação sem interrupção (continuidade), tarifas acessíveis (no caso dos serviços pagos), neutralidade de rede, pluralidade e diversidade de conteúdo, e retorno à União, após o fim do contrato de concessão, dos bens essenciais à prestação do serviço."
Expansão do 4G – A antiga ITSA tem frequência de 2,5 GHz em 12 cidades operadas pela Sky, mas a expansão do serviço 4G para fora de Brasília, embora seja tecnicamente simples, já que não envolve obras civis, por exemplo, depende do sucesso do produto na capital federal. A Sky não parece estar muito interessada no leilão de 2,5 GHz neste momento, justamente porque a expansão vai depender desse desempenho inicial. "Se a a gente tiver muito sucesso em Brasília a gente pode considerar concorrer com os tubarões", afirma o presidente da Sky. A operadora, contudo, pleiteou junto à Anatel os 10 MHz a que tem direito no espectro destinado a tecnologias de FDD.
Empresas desrespeitam Código do Consumidor – Um número alto de reclamações fez com que o Inmetro avaliasse o serviço oferecido pelas operadoras”, de acordo com Rodolfo Sabóia, chefe da divisão de telecomunicações do Inmetro.
A análise foi feita em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, e o Comitê Gestor da Internet, que monitora o funcionamento da rede no nosso país.
Durante dois meses, um equipamento desenvolvido pelo comitê foi instalado na casa de voluntários. Em São Paulo, foram testados o Virtua, da Net, e o Speedy, da Telefônica, que juntos respondem por 91,14% dos assinantes paulistanos.
Leia o restante da notícia aqui. O resultado é algo tão aviltante que a sociedade tem que se mobilizar para exigir o cumprimento do Código do Consumidor.
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