Pietro, neto de Emerson Fittipaldi
Notícia divulgada há 2 dias no Blog do José Cruz vem sacudindo o meio esportivo nacional: Pietro Fittipaldi, 15 anos, neto do ex-piloto Emerson Fittipaldi, nascido e residente nos EUA, recebeu R$ 1.000.000,00 do governo federal brasileiro em 2011 a título de ajuda ao seu programa de formação como piloto na Fórmula Nascar, americana.
Não se discute a legalidade da verba e sim o bom senso na aplicação da mesma (são mais de 10 milhões destinados pelo governo ao automobilismo nacional).
Os problemas de estrutura para a prática esportiva no Brasil são gravíssimos, aliás, tão grandes como os da própria educação: faltam de quadras a políticas públicas, assim como definições de prioridades.
Patrocinar o neto americano de um milionário brasileiro, é no mínimo um deboche oficializado.
E certamente mais uma denúncia segue acelerando rumo à pizzaria.
13 comentários:
Malditos sejamos todos por nascermos nesse país?
Fez lembra a letra da canção do Ed Mota: "se eu fosse americano minha vida não seria assim".
O Brasil e o brasileiro são verdadeiramente bizarros.
Como esse país quer ser levado a sério?
O avô é quem armou tudo.
ASF, concordo que bizarro é o termo que mais se aproxima deste país.
Abs.
Ele não pode, Maick.
abs.
Val, o velho Emmo sempre foi bom em arrumar verbas, não é mesmo?
Até equipe própria de Fórmula 1 ele conseguiu ter.
Abraços.
Peraí, o ministério não "deu" 1 milhão pro neto do Fittipaldi, ele autorizou a captação de verbas nesse valor. Essas verbas vêm de renúncia fiscal, contribuintes interessados destinam uma parte do Imposto de Renda para o projeto. As empresa podem doar no máximo 1% do IR, e pessoas físicas 6%.
É o mesmo sistema de custeio da Cultura. E bem parecido com o sistema da SUDAM.
Nem tem garantia de conseguir o 1 milhão, se não achar empresas e pessoas interessadas em destinar verba pro projeto, nada feito.
Val, eu também quero 1 milhão meu chapa! Será que eu consigo assim de mão beijada?
Prof. Alan, não seja ingênuo, se a coisa chegou ao ponto da chancela oficial é porque a bufunfa só estava esperando mesmo ser justificada. Por favor.
À propósito, me parece que esse é um ardil corriqueiro no dito meio "cultural" brasileiro.
Bizarro!
Alan, não foi dito que o dinheiro foi doado pelo governo e sim recebido através do Ministério dos Esportes, independente da forma de captação.
Isso está bem claro também na matéria original do José Cruz.
Fenômeno semelhante aconteceu em setembro último com a escola de pilotos do Galvão Bueno, beneficiada pela mesma lei. Curiosamente quase não foi dito nada sobre o caso, a não ser de forma tímida, na blogosfera.
Eu não acho certo que as empresas envolvidas neste caso recebam benefícios fiscais investindo fora do Brasil, mas o guri tem também passaporte brasileiro, né?!
E um avô influente...
Abs.
ASF, se sobrar um milhãozinho pro Flanar, tamos nessa!
Abraços!
Scylla, o José Cruz não menciona a forma de captação dos recursos (renúncia fiscal) e nem esclarece que o dinheiro não vai sair do ministério: o ministério autorizou o Fittipaldi a garimpar essa quantia, através de renúncia fiscal, junto a empresários e pessoas físicas.
Leia essa matéria aqui (http://bit.ly/wq8ECx) da Folha, que mostra que, do milhão autorizado, Fittipaldi só havia captado 50 mil.
O que se tem aí é mais uma mistificação da imprensa, ao dizer que que "verba pública" foi liberada - aí todo mundo acredita que saiu um milhão a jato do orçamento público para a conta do Fittipaldi...
Esse mecanismo da renúncia fiscal é um dos mais inteligentes que há: não onera o orçamento dos órgãos públicos, permite a quem quiser colaborar e limita a perda de receita (é limitado a 1% do IRPJ e 6% do IRPF). Uma forma do governo estimular e possibilitar o investimento no esporte e na cultura.
Aliás, quando o governo não dá dinheiro pro esporte e pra cultura, ele é espinafrado. Quando usa uma saída que não o sangra, é espinafrado. Quando dá dinheiro do orçamento direto, é espinafrado do mesmo jeito. Não sei o que querem vocês, afinal...
Alan, a base da crítica reside no fato de que o piloto adolescente é nascido e criado nos EUA, jamais tendo morado ou competido no Brasil.
Quem sangra ou deixa de sangrar, me parece irrelevante num país que sofre de sério e disseminado distúrbio de coagulação.
"Não sei o que querem vocês, afinal..."
Probidade, coerência e prioridades. Um pouco de inteligência nas decisões também seria muito bem vindo.
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