sexta-feira, 11 de maio de 2012

Iroca, minha canoa.

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Mais um dia de las madres chegando. É a segunda melhor data comercial depois do Natal! É um dia de almoço em família. É um dia de alegria para milhares de nós que tomamos a decisão enviesada, torta, confusa, diligente, de procriar em meio a tamanha adversidade. Mas foi bom. Estamos aqui e agradecemos por isso. Minha mãe é minha avalista perante os seres e as coisas. Sou-lhe grata! Poesias, versos, flores, presentes, são pouco para agradecer tão sábia decisão: a de me colocar no mundo! Não me chamo Raimundo porque não quero. Hoje dá prá mudar tudo: dos seios ao sexo. Minha mãe me deu um S; e sou perseguida por um Z: Marize ou Marise?!? Os dois me convém; e a mãe continua minha: linda, bonita! Minha canoa: elegante  e silenciosa. Com ela fui atravessando os igarapés, e fui margeando, em silêncio, os fatos da vida. Com a minha canoa cheguei a caudalosos rios: atravessei mares. E voltei, muitas vezes, às margens, com ela silenciosamente a me conduzir.  Iroca, minha canoa! Prá ti todos os beijos, todos os salmos, todos os cânticos; e todas as doces coisas dessa efêmera vida para a qual me trouxeste. E que com desvelo e amor fizeste acontecer. Sou um acontecimento da vida - mais um, por certo! - mas, Sou!


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Para Maria Iris Rocha Morbach, minha canoa.

2 comentários:

Erika Morhy disse...

Certamente eu seria mais feliz se conseguisse ter palavras tão doces assim para proferir à minha... Parabéns à Iroca, a canao. E à querida Marise, canoa e canoeira.

Marise Rocha Morbach disse...

Gratíssima queridona. Muitos beijos em você no próximo domingo: muitos outros para a sua linda cria. Adelante!