sábado, 3 de novembro de 2012

Sobre o tempo e o espaço




A vida segue seu curso, acelerada, e muitos de  nós reclamamos diuturnamente de falta de tempo.

Mas como podemos ousar raciocinar em terabits por segundo, se sequer entendemos o tempo, este subjetivo contínuo em que os eventos se sucedem, do passado rumo ao futuro?

Apenas sentimos instintivamente que o tempo ganhou terreno sobre o espaço. E isto é consenso.

Se a transmissão de dados nos acelerou exponencialmente, como é possível que eventos hoje triviais como as viagens aéreas, por exemplo,  ainda continuem acontecendo abaixo da monótona velocidade de 1.000 km/h? Mais de 3 horas de voo para o Rio ou São Paulo?! Que absurdo...

Por que os cientistas ainda não inventaram o teletransporte, única e hipotética maneira de nos levar ao trabalho ou ao lazer no tempo que hoje julgamos ser justo?

Se o tempo é  mercadoria em liquidação nos dias atuais, seria o espaço um artigo de luxo?

Tudo acontece simultaneamente para nós, num mundo sem fronteiras temporais, ilusório, margeado pela nossa necessidade de afirmar a existência do próprio tempo.

Afinal, se o espaço é real, o tempo existe?

6 comentários:

Silvina disse...

E nao olvides que velocidade (tão reclamada hoje) é o espaço sobre o tempo. A velocidade existe?

Scylla Lage Neto disse...

Silvina, acho que não.
As neurociências hoje mostram que somos uma ilusão equalizada pelo nosso próprio sistema neuro-sensorial.
À mesma conclusão o budismo já havia chegado há 2.500 anos.
Portanto, baby, slow down and take it easy!

Silvina disse...

Bem faz o jabuti, a tartaruga...
Rsss

Scylla Lage Neto disse...

Yes, Silvina, exatamente como dizia o filósofo Lionel Ritchie: easy like sunday morning.
Kss.

Edyr Augusto Proença disse...

muito bom

Scylla Lage Neto disse...

Obrigado, Edyr,
Abs.