A vida segue seu curso, acelerada, e muitos de nós reclamamos diuturnamente de falta de
tempo.
Mas como podemos ousar raciocinar em terabits por segundo,
se sequer entendemos o tempo, este subjetivo contínuo em que os eventos se
sucedem, do passado rumo ao futuro?
Apenas sentimos instintivamente que o tempo ganhou terreno
sobre o espaço. E isto é consenso.
Se a transmissão de dados nos acelerou exponencialmente, como é possível
que eventos hoje triviais como as viagens aéreas, por exemplo, ainda continuem acontecendo abaixo da monótona
velocidade de 1.000 km/h? Mais de 3 horas de voo para o Rio ou São Paulo?! Que
absurdo...
Por que os cientistas ainda não inventaram o teletransporte, única e
hipotética maneira de nos levar ao trabalho ou ao lazer no tempo que hoje julgamos
ser justo?
Se o tempo é mercadoria em liquidação nos dias atuais,
seria o espaço um artigo de luxo?
Tudo acontece simultaneamente para nós, num mundo sem fronteiras
temporais, ilusório, margeado pela nossa necessidade de afirmar a existência do
próprio tempo.
Afinal, se o espaço é real, o tempo existe?
6 comentários:
E nao olvides que velocidade (tão reclamada hoje) é o espaço sobre o tempo. A velocidade existe?
Silvina, acho que não.
As neurociências hoje mostram que somos uma ilusão equalizada pelo nosso próprio sistema neuro-sensorial.
À mesma conclusão o budismo já havia chegado há 2.500 anos.
Portanto, baby, slow down and take it easy!
Bem faz o jabuti, a tartaruga...
Rsss
Yes, Silvina, exatamente como dizia o filósofo Lionel Ritchie: easy like sunday morning.
Kss.
muito bom
Obrigado, Edyr,
Abs.
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